Em 2013, uma jovem ganhou uma bolsa de estudos em Angola, seu país de origem. Ela foi contemplada por uma empresa estatal para estudar em uma universidade em Blumenau. Ela estabeleceu residência na cidade e após concluir o seu curso, até iniciou um mestrado, mas acabou interrompendo.
A trajetória dessa mulher, que hoje tem 29 anos, começou com grandes expectativas, mas enfrentou alguns desafios. Em novembro deste ano, ela recebeu atendimento na região central da cidade por uma equipe especializada em Abordagem Social, mantida pela Diretoria de Políticas Sobre Drogas e Reintegração Social.
Durante o acolhimento, os profissionais identificaram que a angolana estava em uma situação de fragilidade, vulnerabilidade e risco social, sofrendo de desorganização mental e uma perda temporária da noção da realidade. Imediatamente, ela foi integrada à Rede de Proteção Social e encaminhada para os serviços públicos de saúde e acolhimento institucional.
Após negociações com o Consulado Angolano para a revalidação de seu passaporte e sua alta médica, a Semudes providenciou o transporte e designou uma assistente e um educador social para acompanhá-la até a sede do órgão em São Paulo. A jovem decidiu acatar o desejo de sua mãe, que pediu para que ela retornasse.
No dia 1° de dezembro, ela embarcou em um avião no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP). Por volta das 6h (horário local) do dia seguinte, a mulher chegou a Luanda, onde foi recebida calorosamente por sua mãe e irmã.