Os alunos da Escola Básica Municipal (EBM) Lauro Müller estão aprendendo noções básicas de programação dentro de um Projeto de Robótica, desenvolvido ao longo deste ano pelo professor de informática da unidade. A partir da proposta de trabalhar com energias renováveis e inclusão, eles pesquisaram e construíram uma chocadeira elétrica, um capacete com sensor para deficientes visuais e um semáforo para uma maquete escolar.
De acordo com o professor Delvaine Pussinini, os projetos envolveram os alunos dos anos finais, que têm entre 11 e 16 anos e representam quase a metade da escola. A iniciativa foi realizada com a participação de diversas disciplinas e apresentou resultados importantes na aprendizagem dos adolescentes.
“Tínhamos alunos com notas muito baixas em Matemática, e que se destacaram no projeto de robótica, porque conseguiram compreender melhor o raciocínio lógico com a prática do que em sala de aula”, relata a diretora Marineia da Rosa de Souza Voltolini. Segundo ela, o objetivo era justamente este: oferecer aos alunos formas diferentes de aprendizagem.
Vinícius Stiegelmair, de 16 anos, foi um dos mais aplicados da turma. Gostou tanto de aprender a programar durante as aulas que pretende estudar automação. A sua colega, Kauane Ferreira, de 14 anos, também ficou interessada. “Foi uma experiência nova, que dificilmente acontece nas escolas”.
A chocadeira de ovos já rendeu os primeiros frutos. Após um período de incubação de 21 dias, os primeiros pintinhos começaram a nascer durante a madrugada desta terça-feira, dia 24. A ideia é que os pintinhos sejam entregues aos alunos que tiverem a disponibilidade de criá-los, com a responsabilidade de acompanhar o seu desenvolvimento.
Já o capacete para deficientes visuais foi testado e aprovado pelo auxiliar de produção Sidney Luiz Hessielbarath, de 49 anos. “A bengala nos ajuda a evitar objetos que estão no chão, mas o sensor nos previne quanto aos obstáculos que estão acima da cintura. Muitas vezes já me acidentei assim, e esse sensor ajuda bastante”. O capacete emite um sinal para objetos altos a uma distância de um metro, possibilitando à pessoa parar ou desviar com antecedência. Conforme explica o professor Delvaine, a ideia é aprimorar o equipamento no próximo ano, transferindo-o para um boné ou peça de roupa.
Por Aline Franzoi Santos Fleith, da EBM Lauro Müller