Alois Hoffmann se despede da Cavalinho Branco depois de 32 anos e uma história na Oktoberfest

O músico alemão, de 73 anos, sofreu uma fratura no fêmur. O público poderá conferir esse momento emocionante na noite desta quarta-feira (16/10), durante a festa em Blumenau.

A noite de quarta-feira (16/10/24) será uma data inesquecível para o músico alemão Alois Hoffmann. Será a despedida da banda Cavalinho Branco, com a qual ele já toca há 32 anos. O encerramento de uma bela carreira acontecerá no evento que o trouxe ao Brasil: a Oktoberfest Blumenau. Quem quiser acompanhar esses momentos emocionantes, marque na agenda: a banda subirá ao palco às 21h45, no Setor do Parque Vila Germânica.

Durante a despedida, o alemão, natural da Baviera, será homenageado por amigos, colegas de banda e admiradores. Aos 73 anos, o músico sofreu um acidente de bicicleta que resultou em fratura no fêmur, necessitando a colocação de pinos. “Vou sentir muita falta, mas a idade chega e o pique já não é o mesmo”, admite, com um sorriso no rosto.

Alois nasceu em um pequeno vilarejo a 40 km de Munique e, em 1986, veio pela primeira vez ao Brasil para tocar na Oktoberfest, com a banda Nusslberg Buam. Foi nessa festa que ele conheceu sua esposa brasileira e, seis anos depois, decidiu se mudar de vez para Blumenau. O convite para entrar na Cavalinho veio em 1992, e desde então, ele vem dividindo sua paixão pela música com o público catarinense, tocando sax, clarinete, violão, piano e, claro, emprestando sua voz à banda.

Entre suas lembranças mais queridas estão as Oktoberfests de 1998 a 2002. “Teve uma vez que começamos a tocar e o pessoal dos outros pavilhões veio todo pra cá. Lotou o lugar!”, recorda, animado. Mas suas histórias vão além das fronteiras de Blumenau. Ao longo dos anos, a Cavalinho Branco viajou o Brasil inteiro e até para o exterior, levando a música e a cultura catarinense para lugares como Miami, Argentina e Bolívia. “Essas viagens eram cansativas, mas cada uma tinha sua diversão”, diz, com um brilho nos olhos.

Para seus colegas de banda, a despedida de Alois é um momento difícil. Marco Reis, baterista da Cavalinho há 34 anos, resume bem o sentimento: “Vai fazer muita falta, mas entendemos sua decisão”. Ele lembra que Alois é um daqueles músicos que você não encontra todo dia, com experiência internacional e uma energia contagiante. “Ele é um músico completo, mas como pessoa é ainda melhor. Nossa amizade vai além dos palcos”, conta Marquinho, como é conhecido pelos amigos. O empresário da banda, Nildomar Dias, reforça o carinho pelo amigo: “Alois sempre será parte da nossa família Cavalinho”, afirma.