Na tarde desta quinta-feira (28/02/19) a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive-SC) divulgou um boletim sobre a situação do mosquito Aedes aegypti e de doenças como dengue, febre de chikungunya e zika vírus. Os dados são relativos ao período entre 30 de dezembro (2018) e 23 de fevereiro (2019).
Segundo a Dive, foram identificados 5.947 focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, em 142 municípios. Em 2018, foram 3.578 focos em 111 cidades. Isso significa que houve um aumento de 66,2% no número de focos identificados.
Entre as cidades consideradas infectadas pelo mosquito, estão Itajaí, Navegantes, Penha, Brusque, Camboriú e Itapema. Estão nesta situação 77 municípios, o que representa um incremento de 20,3% em relação ao mesmo período de 2018, que registrou 64 municípios nessa condição.
O boletim epidemiológico da DIVE utiliza as informações dos casos suspeitos notificados pelos municípios no Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN On-line). Esses dados estão disponíveis para os municípios, Secretarias Estaduais de Saúde e Ministério da Saúde.
Diferente do Ministério da Saúde, que divulga os casos prováveis (todos os casos notificados, excluindo-se os descartados), a DIVE divulga os casos confirmados, suspeitos e descartados, por entender que dentre os casos prováveis, muitos estão aguardando resultados laboratoriais e investigação epidemiológica.
Entre o período citado acima, foram notificados 550 casos de dengue em Santa Catarina. Desses, 17 (3%) foram confirmados (todos pelo critério laboratorial), 314 (57%) foram descartados por apresentarem resultado negativo para dengue e 219 (40%) estão sob investigação pelos municípios.
Dos casos confirmados até o momento, nove são autóctones (transmissão dentro do estado), seis nos municípios de Biguaçu, Florianópolis e São José. Dois moradores de SC, de Itajaí e Joinville, estavam com LPI.
Foram registrados oito casos importados (transmissão fora do estado), que moram em Blumenau, Florianópolis, Palmitos, Seara e Xanxerê. Eles adquiram a doença enquanto viajavam para São Paulo, Acre, Goiás, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
Em comparação com o último boletim, houve a confirmação de mais um (01) caso autóctone e cinco casos importados. Em relação ao primeiro caso autóctone, o Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN) identificou o sorotipo da amostra, sendo o DENV2 responsável pela infecção. Nos demais, não foi possível realizar a sorotipagem devido ao período de coleta das amostras.