Um homem acusado de cometer crimes sexuais contra dois meninos em Blumenau foi preso no Paraguai. O mandado de prisão preventiva expedido pela 2ª Vara Criminal da cidade foi cumprido através da Interpol que deverá entregá-lo às autoridades brasileiras.
Segundo a juíza Fabíola Duncka Geiser, o Ministério da Justiça conseguiu que o país vizinho deferisse a extradição do homem para que responda às ações penais. De acordo com a denúncia do Ministério Público, o suspeito fez amizade com um dos meninos, que pegava o ônibus sozinho para ir à escola. Ele disse que era professor de inglês e matemática, o que fez com que ganhasse confiança e conhecesse a rotina da criança.
Em determinado momento passou a dar presentes como guloseimas e material escolar, além de fazer truques de mágica. Aos poucos começou a praticar atos libidinosos que foram se tornando de caráter sexual.
A família do menino descobriu a estranha proximidade apenas quando o homem fez uma “visita” na residência deles e foi flagrado brincando com a vítima e seus irmãos com muita intimidade. Após a descoberta de que o denunciado já tinha passagem policial em casos de abuso infantil, a criança confidenciou detalhes de como o homem agia.
No segundo caso, o acusado começou a frequentar uma igreja evangélica e se aproximou de uma família, em especial do menino, filho do casal. Segundo consta nos autos, aproveitando-se de momentos em que estava sozinho com a criança ou não vigiado, o homem passou a constrangê-lo à prática de atos libidinosos.
Para não ser descoberto, ele ameaçava a criança, dizendo que se contasse para alguém, mataria os seus pais. Os fatos somente chegaram ao conhecimento da família, quando veiculada em redes sociais notícia referente a outro caso, envolvendo a mesma pessoa.
Há informação, ainda, que o homem tem uma condenação por crime sexual no estado do Piauí e também estaria envolvido em crime semelhante no Paraguai. Ele também tem outros boletins de ocorrência. Em 2018, pais de crianças que frequentavam uma escola de inglês relataram condutas inadequadas com os alunos na sala de aula. As ações penais tramitam em segredo de justiça, por envolver interesse de crianças.