Dados e fotos: PRF/SC
Uma ação conjunta entre Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil (DIC) e Receita Federal faz a maior apreensão de maconha da história de Santa Catarina: 5,10 toneladas de maconha e 4 quilos de skank. A quadrilha foi desmantelada, após a prisão dos chefes do grupo criminoso.
Após uma intensa troca de informações de inteligência e trabalho conjunto, a droga foi encontrada em uma carreta bitrem abordada no início da tarde de quinta-feira (6/7/17), na BR-116 em Ponte Alta, região do Planalto Serrano catarinense. A maconha estava escondida embaixo de uma carga de milho a granel, dividida em fardos de 30 a 40 quilos cada um. O motorista de 31 anos da carreta Volvo com placas de Palhoça (SC) foi preso no local.
Pouco adiante, na área urbana do município de Correia Pinto (SC), foi abordada uma Mitsubishi L200 placas de São José (UF) que fazia o serviço de batedor para a carga. Nela, estavam dois irmãos de 48 e 50 anos, empresários de Palhoça, apontados pela investigação como os chefes do esquema. A carreta com a maconha estava em nome de um deles.
Segundo a nota fiscal, a carreta bitrem estava transportando o milho para Chapecó. As investigações apontavam que a maconha vinha do Paraguai e entrou no país via Ponta Porã (MS). O objetivo seria distribuí-la em grandes centros consumidores, como a região da capital catarinense. A carga vale no mercado cerca de R$ 10 milhões.
Esta foi a terceira grande apreensão conjunta de maconha registrada em 2017. As outras duas foram maio, com 5 toneladas; e junho, com 4,7 toneladas, totalizando quase 15 toneladas em apenas três meses. Nas três ocorrências, o modus operandi era o mesmo: a droga estava escondida sempre debaixo de cargas de milho a granel. A quadrilha era a mesma, e com a prisão quinta-feira dos donos da carga, encerra-se o ciclo de crimes desta quadrilha.
De acordo com as investigações, após as duas primeiras apreensões, uma pessoa foi morta pela quadrilha no Paraguai no final de junho, acusada de ser a delatora do esquema. Por isso, além de tráfico de drogas e associação para o tráfico, os envolvidos vão responder também por homicídio.
A Polícia Civil, Receita Federal e Polícia Rodoviária Federal ressaltam a importância da integração e cooperação entre as forças policiais e fiscais no combate ao tráfico de drogas. Sem vaidades, cada órgão atuou com o que tem de melhor, resultando neste grande prejuízo financeiro ao crime organizado e na responsabilização criminal dos autores.