Homem suspeito de estupro ainda não teve mandado de prisão expedido

marcio-palhaco-kelvin_20-9-16_01

 

marcio-palhaco-kelvin_20-9-16_02“Kelvin, o Magnífico”, é o nome artístico de Márcio Ricardo da Silva, de 36 anos, que trabalha com animação de festas e eventos como palhaço. Ele ficou conhecido quando seu nome apareceu nas redes sociais, suspeito de ter estuprado dois irmãos, de 12 e 13 anos.

O caso está com o delegado Henrique Stodieck Neto, da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI). Segundo o inquérito, esse crime aconteceu na casa das vítimas.

Tudo começou há dois meses, quando o suspeito distribuía panfleto vestido de palhaço, num supermercado do bairro Itoupavazinha. Três crianças passaram por ele a pé, vindo do colégio e estavam indo para sua casa. Márcio teria oferecido carona em seu veículo e após deixá-los na residência, conversou com a mãe deles, que simpatizou com o homem.

Segundo o delegado, Márcio disse que não tinha onde morar. A mãe deles, sensibilizada com a situação, ofereceu uma quitinete do imóvel. Ela é casada e o marido teria sido contra. A confiança foi crescendo e depois Márcio acabou dormindo na mesma cama que os dois adolescentes, enquanto o caçula ficou com os pais. Foi aí que o crime teria acontecido.

Stodieck disse que Márcio é natural de Blumenau, já foi preso em 2003 por atentado ao pudor e tem um boletim de ocorrência em Camboriú, no ano de 2009. Márcio fazia festas de aniversário, se apresentava em clubes, colégios e supermercados. Uma testemunha disse ao delegado que havia panfletos divulgando o seu serviço. Ele foi visto pela última vez no dia 12 de setembro.

Sobre a versão de que ele trabalhava há muitos anos atrás no Beto Carreiro, o delegado disse que não há confirmação do fato. Os policiais que trabalham junto disseram que se trabalhou, isso foi há mais de 20 anos quando ainda era adolescente.

Questionado sobre alguma pista sobre seu paradeiro, Stodieck disse que sim. Por enquanto não há mandado de prisão expedido por um juiz. Isso porque o inquérito instaurado há dois dias e foi enviado para a justiça somente na tarde desta quarta-feira (21).

O caso somente veio ao conhecimento do delegado no final da última sexta (16). Isso significa que enquanto o juiz não emitir o mandado, ele não é foragido. “Ainda terá que passar pelo promotor e depois pelo juiz” comentou. O delegado disse que somente se manifestou, porque o assunto estava se espalhando pelo WhatsApp e precisava dar um esclarecimento à sociedade.