O cinema brasileiro e da América Latina perde mais um grande talento. Na noite desta quarta-feira (13) morreu o cineasta Hector Babenco de parada cardíaca no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Babenco nasceu em Mar del Plata na Argentina, no dia 7 de fevereiro de 1946, e tinha ascendência judaico-ucraniana. Ele se radicou no Brasil aos dezenove anos de idade e é naturalizado brasileiro desde 1977.
No ano passado dirigiu seu último filme, que teve a participação do ator norte americano Willem Dafoe. O personagem Diego é um cineasta diagnosticado com câncer terminal, cuja única chance de sobrevivência é se submeter a um transplante de medula óssea experimental. Muitos consideraram uma autobiografia, o que ele negou.
Premiações
Em 1984 foi indicado ao Oscar de melhor diretor, pelo filme O Beijo da Mulher-Aranha (1984), com participação do ator Willian Hurt e Sonia Braga. Quatro anos antes, ganhou o prêmio Leopardo de Prata, no Festival de Locarno, por Pixote – A Lei do Mais Fraco. Foi indicado ao Grande Prêmio Cinema Brasil, na categoria de melhor diretor, por Coração Iluminado (1998). Ganhou o prêmio do Público, na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, por Lúcio Flávio, com o filme Passageiro da Agonia (1977).
Hector filmou algumas coproduções norte-americanas nos Estados Unidos como Ironweed (1987) e Brincando nos Campos do Senhor (1991).