Confira a entrevista com Pita Belli, coordenadora do 29º FITUB

Foto: Iuri Kindler
Foto: Iuri Kindler
Foto: Iuri Kindler

 

Na noite desta quinta-feira (7/7/16) começa o 29º Festival Internacional de Universitário de Blumenau (FITUB), com a participação de atores do Brasil e outros países. Após a solenidade de abertura às 19h30min, acontece a apresentação do primeiro espetáculo: Titus Fúria, do Grupo Trezencena, de Campinas (SP).

A arte em si, é pura pesquisa e experimentação. As peças teatrais e oficinas, permitem essa troca de experiências dentro de um contexto universitário. Conversamos com a professora da FURB, Pita Belli, coordenadora do Fitub.

OBlumenauense: O Festival de Teatro Universitário entra em sua 29ª edição. Quais as melhorias que poderiam ser destacadas nos últimos dez anos?

Pita Belli: O festival vem avançando de igual forma como avançam os espetáculos nas suas qualidade. Eles formam a grandiosidade do evento. A Furb, que é a realizadora deste evento sabe da importância dele para pesquisa, ensino e extensão e permite que ele ganhe cada vez mais espaço.

OBlumenauense: A maratona teatral começa nessa quinta-feira e hoje o festival tem status internacional. Quais são os principais desafios encontrados durante a organização?

Pita Belli: Nós trabalhamos o ano todo para que o festival aconteça. E todo ano é um desafio. Conseguir apoios sempre é muito importante.

OBlumenauense: Quantos espetáculos se inscreveram e os principais critérios que pesaram aos escolhidos?

Pita Belli: Mais de 80 grupos se inscreveram para o Festival neste ano. Uma avaliação bem importante é a qualidade e depois nos utilizamos de quesitos técnicos teatrais para elencá-los.

OBlumenauense: Os grupos internacionais se apresentam em língua espanhola, que apesar de mais fácil de entender, várias expressões são muito diferentes. Como o público se comporta nesse sentido? Já tiveram reclamações nesse sentido?

Pita Belli: Diferente de reclamações, os espectadores são bastante atenciosos nas apresentações quando elas são em outra língua, isto não muda. Todo o contexto da apresentação, a expressão corporal e os demais elementos teatrais fazem com que a cena seja compreendida. O público é cativo na mostra Ibero-americana. Eles esperam por estes grupos.

OBlumenauense: Quantos grupos internacionais irão participar dessa edição e como tem sido a receptividade do festival lá fora?

Pita Belli: O status de festival internacional não é por acaso. A mostra Ibero-americana Pachoal Carlos Magno chama atenção de grupos de teatros de vários países, principalmente aos pertencentes do Mercosul. Coincidentemente os quatro selecionados neste ano são de Buenos Aires, na Argentina.

OBlumenauense: Blumenau tem uma tradição teatral que vem desde os primeiros imigrantes. Como você acha que o festival, desde a sua primeira edição, colaborou para a qualidade dos espetáculos e produção teatral na cidade?

Pita Belli: Se tornou um evento sempre esperado e de interesse da comunidade. Nós temos mais de 15 grupos de teatro em Blumenau e escolas reconhecidas internacionalmente. Penso que os grupos e as escolas colaboram com o Fitub e o Fitub colabora com eles. É uma troca mútua. É uma vivência coletiva e muito importante. E isso faz com que qualidade e as produções sempre avancem.