Se o plenário do Senado acatar a admissibilidade do processo de impeachment, a presidente Dilma Rousseff decidiu exonerar sua equipe ministerial. Com o afastamento dela do cargo por 180 dias, o governo será assumido pelo vice-presidente da República, Michel Temer.
O único que manterá seu cargo será o Ministro do Esporte, Ricardo Leyser, por causa dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Outro que fica é o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, cargo que precisa passar por sabatina no Senado.
Ainda não está decidido o formato da exoneração, mas a medida poderá ser publicada em edição extra do Diário Oficial da União logo após o fim da votação, prevista para terminar de madrugada.
O ministro-chefe do Gabinete Pessoal da Presidência, Jaques Wagner, comandou uma reunião com os ministros na manhã desta quarta-feira (11/5/16), quando foi solicitado um relatório de suas gestões. A intenção é evitar críticas de que a Esplanada dos Ministérios foi deixada às moscas e que o governo Dilma se recusou a repassar as ações para a equipe do possível governo Temer.
O Planalto prefere não utilizar a palavra “transição”, sob o argumento de que a nova administração não está tomando posse, como ocorre com os governos legitimamente eleitos. A palavra de ordem no governo ainda continua sendo golpe, apesar de cumprir todas as etapas do impeachment previstas na constituição, inclusive apresentando as provas.