Enquanto as ruas suportam cada vez menos o trânsito de tantos carros novos colocados no mercado, o espaço aéreo começa a se tornar jeito mais atraente para a locomoção na cidade. Até chegarmos lá em termos de viabilidade econômica e regras de tráfego aéreo, ainda teremos muitos anos pela frente.
Mas inovações como um drone com capacidade para transportar uma pessoa começam a surgir, como a apresentada na feira tecnológica CES 2016, nos Estados Unidos. O projeto levou dois anos e meio para ser desenvolvido pela empresa chinesa EHang, investimentos de U$ 50 milhões, é totalmente elétrico e possui quatro “braços” e oito hélices ao todo.
O modelo EHang 184 foi projetado para percorrer curtas e médias distâncias, de até 16 km a uma velocidade de 96 km/h. O pouso e decolagem são iguais ao de um helicóptero, voando verticalmente até ganhar altura.
Curso de piloto? Que nada, porque o equipamento não tem controles de direção. Como faz então? Simples, o passageiro precisa apenas apontar em um mapa para onde deseja ir. Outro detalhe avaliado pelos criadores do Ehang 184, é evitar o risco de colisões no ar entre dois ou mais drones. Cada equipamento registra uma rota que não pode ser replicada enquanto estiver no ar.
A empresa também alega que o risco de pane no drone é descartado, já que o equipamento possui um serviço de “backup” que entra em ação caso o sistema original falhe. Em uma emergência, é possível “travar” o voo e fazer com que o drone apenas paire no ar. E torcer para que a bateria aguente até alguém lhe resgatar.
Perfeito né? Se todos os testes de segurança que faltam realizar derem certo, é possível que entre em produção comercial ainda em 2016. O custo ainda é salgado, já que lá fora, a miniaeronave ficará em torno de US$ 200 mil. Tudo ainda é muito novo, mas como é de praxe, a novidade deve enfrentar restrições em muitos países.