Texto: Marília Prado
No dia 1º de dezembro, Dia Mundial da Luta Contra a Aids, o Centro Especializado em Diagnóstico, Assistência e Prevenção (Cedap), por meio do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) estará realizando testes rápidos do vírus HIV. A ação marca a data e será realizada durante todo o dia, das 8h às 16h30, gratuitamente. O Cedap está situado na rua Paraíba, 380, no Centro.
As pessoas poderão sair com orientações e o resultado em mãos, em até 30 minutos após a coleta. Qualquer pessoa com um documento com foto pode realizar o exame. Menores de 13 anos precisam apresentar uma solicitação médica para a realização do teste.
Atualmente em Blumenau o Cedap atende 2.800 pacientes que estão em uso do antirretroviral, ou seja, soropositivos. Em 2014 foram realizados 8.765 testes rápidos e 336 retornaram como reagentes para o HIV, ou seja, soropositivos.
Até novembro desse ano mais de 8,5 mil pessoas foram atendidas no CTA, e quase 35 mil testes rápidos foram realizados durante o ano de 2015.
Blumenau mantém estável, mas ainda alta, a quantidade de casos de Aids em adultos. Em 2010, foram 61 casos, em 2011 esse número subiu para 101 e em 2012 estabilizou em 106. Houve queda no ano de 2013, que registrou 86 novos casos e em 2014 novamente uma alta de mais de 100%. “Por isso a importância não apenas dessa ação de testagem neste dia especial, mas da prevenção em relação ao vírus HIV”, salientou a gerente de Vigilância Epidemiológica de Blumenau, Ivonete dos Santos, que ministrará palestra sobre o tema nesta terça-feira aos alunos da área da saúde da Uniasselvi.
Na última semana, Santa Catarina passou a integrar uma agenda interfederativa com o Governo Federal e municípios estratégicos, como Blumenau, priorizando ações de prevenção e maior acesso ao diagnóstico da Aids. Em 2016, os testes rápidos deverão ficar descentralizados e à disposição da população nas unidades de saúde espalhadas pelo município.
Municípios estratégicos
Em 2012, Santa Catarina ocupava o segundo lugar no ranking nacional, com taxa de detecção da Aids de 33,5/100.000 habitantes – sendo 39,7% maior que a taxa do país. Doze municípios catarinenses com mais de 100 mil habitantes apresentam taxas de detecção superiores à média nacional, calculadas com os registros dos últimos três anos (20,7/100.000 habitantes). São eles: Balneário Camboriú (77,4), Itajaí (76,3), Florianópolis (65,2), Criciúma (59,9), São José (56,2), Palhoça (53,5), Brusque (46,1), Joinville (41,2), Blumenau (35,9), Lages (30,2), Jaraguá do Sul (28,0) e Chapecó (25,2).
A taxa de mortalidade por Aids no Estado, naquele ano, foi de 6,4 óbitos para cada 100 mil habitantes, 15,6% maior do que a do país, que foi de 5,5 óbitos para cada 100 mil habitantes. Em 2014, 673 pessoas morreram em decorrência da doença no Estado, um crescimento de 17% em relação a 2013. Entre janeiro e outubro de 2015, foram registrados 391 óbitos, segundo dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina.
via PMB
