OBlumenauense promove Dia das Crianças para ONG no bairro Velha Grande

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Fotos: Josiane Longhi e Camila Pelis | Texto: Claus Jensen

Na tarde do último sábado (10), colaboradores do site OBlumenauense cumpriram uma missão: fazer um dia especial para crianças carentes. Escolhemos a ONG Casa de Acolhida São Felipe Neri, localizada na Rua Paul Hermann Rosenwasser, 209,  bairro Velha Grande, próximo a comunidade do morro da Dona Edith. A ONG atende crianças em situação de vulnerabilidade social.

Para a data, surgiram várias ideias, além dos presentes para as 28 crianças de 2 a 13 anos e mais dois adolescentes de 14. Conseguimos uma bela parceria com a Loja Meninos e Meninas, Confeitaria Dona Hilda, Happs Chocolates Caseiros, Fortman Moda Masculina, Malharia Statton, além de algumas pessoas que contribuíram financeiramente.

Teve muita cuca, brigadeiros, salgadinhos, refrigerantes e até pastéis preparados pela família da presidente da ONG, Giselle Stelle Cunha. Todos trabalharam com muito empenho durante a semana para organizar tudo. Sem a Bruna Maffei, Josiane Longhi, Marlise C. Jensen, João P. Taumaturgo, Leonardo Alegri, nada disso teria acontecido desse jeito. No dia também tivemos a ajuda da Camila Pelis e da Mayara Gabriele Theiss.

A criançada se divertiu muito com as brincadeiras do casal de palhaços Leonardo e Bruna, e claro, os brinquedos que ganharam. Os mais velhos, tiveram outro presente, afinal a fase de brinquedos já passou. Foi uma tarde mágica, inesquecível e emocionante.

A família de Giselle, também é convocada de vez em quando para ajudar. Além da sogra, vizinha e  outros voluntárias, como Jaqueline Vailati, uma das conselheiras da ONG. O mais bacana é o exemplo de como essas pessoas se doam para fazer isso tudo acontecer diariamente. Confira a entrevista com a fundadora e presidente da Casa de Acolhida São Felipe Neri, Giselle Stelle Cunha.

OBlumenauense: Quando você começou esse trabalho Gisele?

Giselle Stelle Cunha: Tudo começou em 2012 com um projeto chamado Natal Solidário. Alguns amigos se uniram e subimos o morro da Figueira, localizado no bairro Velha Grande. Quando iniciamos o cadastramento das famílias, conhecemos a realidade da região. Os pais no contra turno escolar não tinham onde deixar seus filhos, que ficavam nas ruas.  Conversamos com o Padre Roberto Carlos Cattoni, que nos cedeu o espaço da Capela São Pedro.

Desde março desse ano, começamos uma série de reformas para que pudéssemos acolher essas crianças. Hoje temos uma lista de espera com 112 crianças, em que 30 estão cadastradas no projeto. Nosso objetivo é tirar as crianças da rua, acolhê-las, e oferecer várias opções no período em que não estão em casa. São atividades como reforço escolar, musicalização, informática, teatro, cultura e dança. Queremos dar para elas a oportunidade para que sejam pessoas que se deem bem na vida.

OBlumenauense: Essa entidade é mantida pelo poder público?

Giselle Stelle Cunha: Todo trabalho aqui é feito por voluntários. Nós já temos toda documentação como estatuto, ato constitutivo, CNPJ e alvará de localização. Por enquanto ainda não conseguimos nenhuma verba da prefeitura.

OBlumenauense: Como são pagas as despesas com a manutenção do local?

Giselle Stelle Cunha: Nosso custo mensal para manter o local funcionando é de R$ 3 mil. Todo mês promovemos eventos como bazar, pasteladas e rifas; com o objetivo de arrecadar dinheiro e permitir a manutenção da casa. Temos algumas empresas que são parceiras desde o Natal Solidário em 2012 e já conhecem o trabalho realizado com as crianças. Todo mês nos ajudam com alguma coisa do jeito que podem, seja com carne moída, a padaria com o pão e assim por diante.

OBlumenauense: É muito comum as crianças irem até a ONG sem terem feito a refeição?

Giselle Stelle Cunha: As crianças vem basicamente interessadas na alimentação.

OBlumenauense: Quais atividades vocês desenvolvem aqui?

Giselle Stelle Cunha: Nós atendemos crianças de 5 a 14 anos no contraturno escolar. As que estudam no período da tarde, vem durante a manhã, tomam café, almoçam e depois são liberadas para ir à escola. As que estudam de manhã, saem da escola, vem aqui almoçar, tomam café e depois vão para casa.

OBlumenauense: Quantas pessoas ajudam vocês diariamente nesse projeto?

Giselle Stelle Cunha: Eu tenho uma lista de 30 voluntários desde professores de música, judô, etc.. Tem outra que me ajuda na contação de histórias, além das cozinheiras, serviços gerais e de limpeza. Nenhum de nós por enquanto é remunerado, já que a Casa não tem condições de pagar. São todos voluntários e cada um ajuda do jeito que dá.

OBlumenauense: Como as pessoas interessadas em ajudar podem fazer?

Giselle Stelle Cunha: Nós temos uma conta na Caixa Econômica Federal em nome da Casa de Acolhida São Felipe Neri. As pessoas podem acessar nosso site,  www.saofelipeneri.com.br e clicar no menu “como ajudar“. Empresas e pessoas físicas podem se cadastrar lá para saber como colaborar e ser um associado da casa.

OBlumenauense: Existe alguma previsão a curto prazo para reduzir essa fila de espera e oportunizar mais espaços?

Giselle Stelle Cunha: Nossa intenção é atender as 112 crianças, mas eu imagino que até metade do ano que vem, ainda vamos continuar com as 30. Por enquanto não temos estrutura para ampliar o atendimento. Ainda temos que reformar toda a antiga Capelinha.

OBlumenauense: O que mais motiva você a vir todos os dias aqui?

Giselle Stelle Cunha: É saber que eles estão me esperando.

 

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