Seminário “A cultura da felicidade” verifica as implicações do tema na atualidade

mulher-flores-felicidade

Nunca se falou tanto em felicidade como neste século. A multiplicação de debates sobre o tema, em todos os campos de interesse humano, motivou a professora Cynthia Boos de Quadros a escolher a felicidade como objeto de pesquisa, orientada pelo Prof. Dr. Luciano Florit. Ela irá realizar nesta sexta-feira (02/10) um seminário intitulado “A cultura da felicidade”. O evento começa às 14 horas, na sala R 301, Campus I da FURB.

De  acordo com Cynthia, desde os filósofos gregos até os dias atuais, a felicidade tem sido interpretada sob diversas perspectivas e muitas vezes colocada como objetivo central da vida. Mas sua banalização no contexto capitalista, vinculado à sociedade do espetáculo e do consumo, tem construído novas percepções sobre o que é ser feliz. “Alguns estudiosos afirmam que o fato de tanto se falar sobre a felicidade é um indício de que o ser humano atualmente não é feliz”, disse ela.

A autora explica que a felicidade está intimamente relacionada com o desenvolvimento regional na medida em que o modelo atual de desenvolvimento, associado à degradação da natureza, à desumanização do trabalho, ao consumismo, ao individualismo, ao estresse afetivo e profissional, à competição agressiva, gera novas formas de pobreza e exclusão social e tudo isso leva à infelicidade.

Para Cynthia, no sentido de crescimento econômico, o desenvolvimento carece de sentido se não consegue promover a realização ou satisfação das pessoas que habitam um país ou uma região. “Os estudos e debates em torno da felicidade exigem que se coloque em discussão um tipo de desenvolvimento do ser humano como indivíduo e como ser social. Por isso meu interesse em articular felicidade e desenvolvimento regional em um trabalho de doutorado”, conclui ela.

Cynthia Boos de Quadros e doutoranda do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional da FURB.

via FURB | Texto original: Aristheu Formiga