Texto: Pedro Peduzzi
A diretora técnica nacional do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Heloisa Menezes, disse que a instituição finaliza um estudo sobre a possibilidade de se tornar investidora em alguns fundos de empresas inovadoras.
“Há possibilidade de, a partir de 2016, o Sebrae atuar também como possível investidor em fundos de empresas inovadoras e, dessa forma, em vez de subsidiar, ser sócio de alguns empreendimentos inovadores”, disse ela à Agência Brasil na noite de ontem (24), durante a 15ª Conferência Anpei de Inovação Tecnológica. Organizado pela Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), o evento ocorre até o dia 26 em Cabo de Santo Agostinho (PE).
Segundo a diretora nacional do Sebrae, a ideia é amenizar as dificuldades que as empresas encontram para obter crédito em instituições financeiras. “Inovar é correr risco. É participar. O mercado bancário cria dificuldades porque inovação é uma atividade de risco, e bancos têm aversão a riscos.”
“Ao nos tornarmos um investidor a mais [dos fundos de investimentos dessas empresas], não só faremos um acompanhamento maior do trabalho de assessoria continuada, compartilhando o conhecimento que temos, como também participaremos das decisões da empresa”, acrescentou.
A novidade foi bem recebida pelo presidente da Anpei, Gerson Valença Pinto. “O Sebrae desempenha papel importante de transformar pequenos e médios negócios, pela capilaridade que tem. Ao sinalizar com essa possibilidade, favorece [uma aproximação entre] o espírito empreendedor e a inovação. [Isso] só tende a fortalecer essas empresas.”
Análise de portfólios
De acordo com a diretora do Sebrae, a finalização da proposta depende ainda de uma análise que está sendo feita nos portfólios das empresas com o perfil desejado. “Fechando esses trabalhos, vamos apresentar à diretoria e ao conselho do Sebrae os portfólios de gestão dos fundos mais interessantes. Isso deve ser feito ainda este ano”, informou Heloisa.
A expectativa é que, caso seja aprovada ainda em 2015, a proposta comece a ser implementada em 2016. “Estou otimista porque essa ideia está aliada à ambiência de atuação do Sebrae.”
Agência Brasil | Edição: Talita Cavalcante