As manifestações de caminhoneiros tornaram-se mais intensas na tarde desta quinta-feira (23), segundo o mais recente balanço divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), às 18h. Eles bloqueiam 17 pontos de dez rodovias federais em quatro estados do país – Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Ceará. Pela manhã, eram 14 interdições parciais.
Em Santa Catarina, a primeira concentração registrada foi em São Miguel do Oeste por volta da 0h. Um grupo de 20 caminhoneiros tentou bloquear a rodovia BR-282, próximo ao km 642, mas acabaram desistindo, depois que a Polícia Militar Rodoviária (PMRv) esteve no local e conversou com eles. Nesta tarde, 60 caminhoneiros continuavam estacionados às margens da BR-282, em um pátio no trevo. Em Concórdia, 20 caminhões estavam estacionados em um pátio de veículos no trevo da BR-153. Em Maravilha, na BR-282, e Irani, na BR-153, manifestantes abordaram veículos, mas não houve bloqueio das rodovias.
No Ceará, os caminhoneiros bloqueiam totalmente a rodovia BR-116, na altura do quilômetro 204, próximo ao município de Tabuleiro do Norte desde as 15h, de acordo com a PRF. As demais interrupções são parciais.
Em Mato Grosso, seis pontos de duas BRs (163 e 364) estão interditados. No Paraná, foram registrados cinco interdições em quatro rodovias (BRs 277, 186, 163 e 368). Ocorrem ainda protestos em cinco pontos de rodovias do Rio Grande do Sul (BRs 285, 472, 158, 153).
Os protestos ocorrem após líderes dos motoristas reunirem-se, ontem, com representantes do governo e empresários para pedir a aprovação de uma tabela de frete mínimo para o transporte de mercadorias. Os caminhoneiros alegaram que a medida traria mais proteção à categoria em casos de oscilação do mercado. A proposta não foi aceita.
Para o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, um valor mínimo para o transportes de cargas é inconstitucional. O governo federal chegou a propor uma tabela referencial de custo de frete. Diferentemente da tabela reivindicada pelos caminhoneiros, a do governo seria apenas uma referência para o setor.
Hoje, após o início das manifestações, Rosseto acrescentou que não permitiria que caminhoneiros voltassem a bloquear rodovias brasileiras.
Fonte: Agência Brasil