Ex-servidora é acusada de usar diploma falso para atuar em cargos públicos em Blumenau

Ministério Público pede devolução de R$ 243 mil recebidos de forma indevida e aponta fraude continuada entre 2021 e 2025.

Foto: Cristiano Estrela / Secom

Uma ex-servidora que atuou como Gerente de Educação Especial do Município de Blumenau, e Professora da rede estadual entre 2021 e 2025, está sendo processada por improbidade administrativa.

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) afirma que ela usou documentos falsos para assumir e se manter nos dois cargos públicos. A Justiça recebeu a ação na última sexta-feira (23/05/25), e a ré, que não teve o nome revelado, já foi citada para apresentar defesa.

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Diploma falso e curso não concluído

A 6ª Promotoria de Justiça de Blumenau teria informado ao MPSC que a ex-servidora apresentou diploma, histórico escolar e certificados falsos de licenciatura em Pedagogia. Um inquérito civil apurou que ela nunca concluiu o curso na Uniasselvi, onde chegou a se matricular, mas foi reprovada em diversas disciplinas.

Ainda de acordo com o MPSC, a universidade teria confirmado que ela não concluiu a formação e não reconhece os documentos apresentados como legítimos. O caso também é investigado em dois inquéritos policiais na 1ª Delegacia de Polícia de Blumenau.

Devolução do que ganhou

Com base nos documentos falsos, a ex-servidora teria recebido R$ 243.438,98 de forma indevida — cerca de R$ 195 mil pela atuação no município e outros R$ 48 mil em contratos temporários no Estado.

O Ministério Público pede a devolução dos valores, o bloqueio de bens, a suspensão dos direitos políticos e o pagamento de multa. Para o promotor Rodrigo Andrade Viviani, trata-se de uma fraude continuada que comprometeu diretamente a qualidade da educação pública.

Reclamações e denúncias internas

Além do uso de documentos falsos, a atuação da ex-servidora foi alvo de críticas por parte de profissionais da rede de ensino. Segundo o Ministério Público, a Ouvidoria da Prefeitura de Blumenau recebeu denúncias sobre seu despreparo técnico, ausência de planejamento e falta de diálogo com as equipes escolares. A petição ressalta que ela não tinha qualificação para exercer o cargo.

Fonte: Ministério Público de Santa Catarina (MPSC)


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