Santa Catarina reúne uma série de vantagens que a colocam em posição estratégica no cenário internacional: economia diversificada, indústria forte, infraestrutura eficiente e um ambiente favorável aos negócios. O estado cresce acima da média nacional, exporta produtos com alto valor agregado e tem logística integrada por portos, aeroportos e incentivos fiscais. O reflexo disso é visível: só nos quatro primeiros meses de 2025, as exportações cresceram 7,5%, alcançando mais de 200 mercados.
A disputa comercial entre Estados Unidos e China vem abrindo novas oportunidades para o estado. Com os dois países já entre os principais compradores da produção catarinense — os EUA com US$ 1,7 bilhão e a China com US$ 1,3 bilhão em 2024 —, o cenário de tarifas e embargos entre as potências pode favorecer ainda mais Santa Catarina. “Se os EUA taxam a China, nossos produtos ficam mais competitivos. Se a China impõe barreiras aos americanos, precisa buscar novos fornecedores. E Santa Catarina é uma opção”, explicou o governador Jorginho Mello.
Nesta semana, o governador lidera uma comitiva nos EUA com secretários de Estado e lideranças empresariais. O objetivo é apresentar os diferenciais catarinenses e atrair investimentos em setores como infraestrutura, turismo e logística.
A missão ocorre em meio a uma trégua temporária de 90 dias do país norte-americano com a China na chamada guerra tarifária. Mesmo com as negociações em curso, a indefinição cria brechas para que Santa Catarina amplie sua participação no mercado internacional. Os norte-americanos compram principalmente madeira, máquinas, móveis e geradores de energia. Já os chineses concentram as compras em carnes e grãos.
Nesta terça-feira (13/05/25), Jorginho Mello participa do painel “As relações econômicas entre o Brasil e os Estados Unidos”, com governadores como Claudio Castro (RJ), Eduardo Leite (RS), Raquel Lyra (PE) e Renato Casagrande (ES), além de outros representantes estaduais.
Situação nos outros estados, baseados nos sites de cada Governo
Os estados representados no painel econômico nos EUA vivem momentos distintos, mas, em geral, mostram desempenho positivo em 2025. Minas Gerais e Goiás se destacam no comércio exterior e geração de empregos, enquanto o Espírito Santo lidera em investimentos públicos e crédito rural. Pernambuco cresce acima da média nacional, e o
Acre avança na produção agrícola e na redução da pobreza. O Rio Grande do Sul ainda sente os impactos das enchentes, mas projeta recuperação com foco na agropecuária e obras de reconstrução. O Rio de Janeiro iniciou o ano com recorde na abertura de empresas e alta no turismo, sinalizando retomada econômica.
O Distrito Federal prevê um orçamento de R$ 66,6 bilhões para 2025, sendo R$ 41,6 bilhões de receitas próprias e R$ 25 bilhões de transferências da União . A arrecadação estimada com o IPTU em 2025 é de R$ 1,4 bilhão .