Vídeo: perícia aponta origem elétrica de incêndio que destruiu prédio na Rua XV de Novembro

Bombeiros e empresa contratada pela seguradora estiveram na manhã deste sábado (1/02) analisando os escombros. O laudo final deve sair em até 30 dias.

Foto: Marlise Cardoso Jensen [OBlumenauense]

O Corpo de Bombeiros de Blumenau iniciou na manhã deste sábado (1º/02/25) a perícia no prédio atingido pelo incêndio de grandes proporções em 23 de janeiro na Rua XV de Novembro. O fogo destruiu oito lojas, incluindo a sede da Ação Social Catedral São Paulo Apóstolo. De acordo com as análises preliminares, há um alto grau de certeza de que o incêndio começou na parte elétrica da loja Malhas Crispim.

Foto: Marlise Cardoso Jensen [OBlumenauense]
Segundo o 1º Tenente BM Darlan Margotti Modolon, as investigações apontam que o fogo teve início na lateral da lotérica, no espaço conhecido como entrepiso, localizado entre o assoalho do pavimento superior e o forro do pavimento inferior. “Ali passa parte da fiação elétrica, e acreditamos, com alto grau de certeza, que houve um fenômeno termoelétrico na rede elétrica, levando ao início do incêndio”, afirmou Modolon.

Foto: Marlise Cardoso Jensen [OBlumenauense]

Coleta de materiais e análise estrutural

Os trabalhos de perícia enfrentaram desafios devido ao estado degradado da estrutura e ao acúmulo de escombros, que em algumas áreas chegam a 50 centímetros de altura. Os bombeiros precisaram escavar manualmente, utilizando enxadas e pás, para coletar materiais que possam esclarecer a dinâmica do incêndio.

“O ambiente está insalubre, com temperaturas elevadas, muita fuligem e cinzas. Conseguimos avançar na perícia durante a manhã, e agora estamos levando parte do material coletado para análise no quartel e em laboratório especializado em Florianópolis”, explicou o tenente.

As imagens obtidas até o momento sugerem que o pavimento superior foi o mais prejudicado, sofrendo maior propagação das chamas antes do colapso da estrutura sobre o pavimento inferior.

“Precisamos examinar todos os sistemas de segurança contra incêndio. Já sabemos que alguns funcionaram, o que permitiu uma evacuação rápida e evitou vítimas. No entanto, ainda há depoimentos conflitantes sobre o funcionamento do alarme e do sistema de detecção de fumaça. Vamos aprofundar essa investigação”, destacou Modolon.

 

Foto: Marlise Cardoso Jensen [OBlumenauense]

Próximos passos e laudo final

O Corpo de Bombeiros trabalha com um prazo de até 30 dias para concluir o laudo final, mas a expectativa é que os primeiros resultados sejam divulgados dentro de 15 dias.

“Estamos cruzando as informações coletadas no local com imagens de monitoramento e depoimentos. Além de identificar a causa exata do incêndio, queremos avaliar se as medidas de combate foram eficazes e se há pontos que podem ser reforçados para evitar situações semelhantes no futuro”, explicou o tenente.

Sobre a possibilidade de recuperação do prédio, a decisão ficará a cargo da Defesa Civil Municipal e dos engenheiros contratados pelos proprietários e pela seguradora. “A Defesa Civil já fez uma avaliação inicial e liberou a área para trânsito de pedestres e veículos. Agora, cabe aos especialistas definirem se a estrutura pode ser recuperada ou se haverá necessidade de demolição”, concluiu Modolon.

Foto: Marlise Cardoso Jensen [OBlumenauense]
Foto: Marlise Cardoso Jensen [OBlumenauense]
Foto: Marlise Cardoso Jensen [OBlumenauense]
Foto: Marlise Cardoso Jensen [OBlumenauense]
Foto: Marlise Cardoso Jensen [OBlumenauense]