Santa Catarina tem forte presença da economia solidária, um modelo que prioriza a colaboração, a autogestão e a organização dos trabalhadores. Em 2007, o estado contava com 690 empreendimentos desse tipo. Esse número subiu para 764 em 2013, com destaque para cooperativas rurais na região Oeste, mostrando como esse setor tem potencial para crescer e contribuir com as comunidades locais.
A economia solidária é mais do que um modelo econômico: é uma alternativa para gerar emprego, renda e oportunidades de forma inclusiva e sustentável. Ao reunir trabalhadores em iniciativas coletivas, como cooperativas e associações, o setor fortalece a produção local, estimula o desenvolvimento social e ajuda a reduzir desigualdades.
Novo mapeamento para entender e planejar
Neste mês de dezembro, o Governo de Santa Catarina, por meio da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviço (Sicos), deu início a um mapeamento estadual dos empreendimentos de economia solidária. Essa iniciativa pretende traçar um panorama atualizado do setor, que servirá como base para criar políticas públicas e estratégias de apoio mais eficientes.
O trabalho será conduzido pela Fundação Universidade para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí (Unidavi), selecionada por chamamento público. A equipe da Unidavi realizará entrevistas e aplicará questionários para reunir informações detalhadas sobre os empreendimentos, suas necessidades e desafios. A previsão é de que os dados ajudem na estruturação de feiras, eventos e outras iniciativas que fortaleçam a comercialização dos produtos do setor.
Recursos e colaboração
O mapeamento faz parte de um investimento de R$ 1,2 milhão liberado pelo governo estadual para a economia solidária em 2024. Deste valor, R$ 200 mil foram destinados ao levantamento de dados, e o restante será dividido entre 10 projetos que visam incentivar a comercialização em várias cidades catarinenses.
Além da Unidavi, a iniciativa conta com o apoio de entidades como o Fórum Catarinense de Economia Solidária e o Conselho Estadual do Artesanato e da Economia Solidária (Ceaes). Essa colaboração busca garantir que o mapeamento seja feito de forma participativa e que traga informações úteis para desenvolver estratégias ainda mais eficazes.
Por que isso importa?
Com os novos dados em mãos, será possível planejar ações que realmente atendam às necessidades dos trabalhadores e fortaleçam a economia local. A intenção é tornar o setor ainda mais relevante e sustentável, valorizando o trabalho coletivo e a produção feita no estado.