Estudantes da FURB desenvolvem protótipos de propulsores movidos a combustível

As demonstrações finais ocorreram no estacionamento do campus 2 da FURB na noite do dia 6 de dezembro.

Foto: Lucas Adriano

Estudantes de Engenharia Mecânica da Universidade Regional de Blumenau (FURB) encerraram a disciplina de Máquinas Térmicas II com um desafio prático: construir protótipos de propulsores a combustível, explorando dois modelos distintos, o Pulse Jet e o Ram Jet. Sem partes móveis, esses dispositivos utilizam a combustão de combustível para gerar empuxo, tecnologia que tem aplicações potenciais em navios, aviões e outros sistemas de transporte.

O experimento foi realizado com segurança, sob supervisão de dois professores, e envolveu o uso de óculos de proteção e extintores de incêndio. As demonstrações finais ocorreram no estacionamento do campus 2 da FURB, na noite de 6 de dezembro (2024), e marcaram o encerramento do projeto que exigiu cálculos matemáticos avançados e muita experimentação.

Os protótipos foram testados com diferentes combustíveis, como gasolina e gás, e utilizaram mecanismos que geram centelhas para iniciar a combustão. “A ideia é continuar os ajustes, melhorar os componentes eletrônicos e a dosagem do combustível para aumentar a eficiência no futuro”, explicou Fernando Parucker, professor responsável pela disciplina.

Foto: Lucas Adriano

Entre os desafios enfrentados, os estudantes destacaram dificuldades na pressurização e controle de volume ao tentar usar álcool como combustível. Segundo os alunos, apenas com gasolina foi possível atingir a ressonância necessária para o funcionamento adequado dos propulsores.

 

Além do desenvolvimento prático, o projeto proporcionou um aprendizado abrangente, envolvendo modelagem 3D, simulações e correções de erros crônicos que poderiam comprometer o funcionamento dos dispositivos. Os resultados, embora similares entre os dois tipos de propulsores, apontaram caminhos para melhorias futuras.

Para os professores, atividades externas como essa são fundamentais na formação dos futuros engenheiros. “Aqui, eles transformam a teoria recebida em sala de aula em equipamentos práticos e eficientes, sempre buscando evoluir”, afirmaram.

O experimento não apenas cumpriu os objetivos pedagógicos, mas também revelou o potencial inovador dos estudantes, que agora têm novos desafios para aprimorar suas criações.