Espetáculo no céu: Chuva de Meteoros Geminídeas até a madrugada de sábado (14/12)

Este será o maior fenômeno do tipo em 2024 para o Hemisfério Sul, com até 150 meteoros por hora no pico, em condições ideais de observação.

O ano de 2024 se despede com um dos fenômenos astronômicos mais esperados: a chuva de meteoros Geminídeas. Este será o maior evento do tipo no Hemisfério Sul em 2024, com possibilidade de até 150 meteoros por hora no auge.

A chuva ocorre anualmente entre 2 e 21 de dezembro, tendo como radiante a constelação de Gêmeos, ponto de onde os meteoros parecem surgir no céu. Apesar da grandiosidade, a proximidade da Lua cheia neste ano dificultará a visualização dos meteoros menos brilhantes.

As noites entre quinta-feira (12/1/24) e a madrugada de sábado (14) prometem marcar o ápice do evento. Nesses dias, a Lua estará quase cheia, com mais de 90% de iluminação, prejudicando parcialmente a observação. Porém, os meteoros mais brilhantes, conhecidos como “fireballs” ou bólidos, ainda poderão ser vistos, especialmente nas primeiras horas da madrugada.

De acordo com o astrônomo Marcelo de Cicco, coordenador do Projeto Exoss e parceiro do Observatório Nacional (ON/MCTI), a melhor forma de aproveitar o fenômeno é buscar locais afastados de luzes urbanas e com céu limpo. “A luminosidade da Lua vai atrapalhar, mas será possível observar os meteoros mais intensos. Olhar para longe da Lua e escolher áreas com pouca poluição luminosa aumenta as chances de uma boa experiência”, orienta De Cicco.

Origem das Geminídeas

Diferente da maioria das chuvas de meteoros, que se originam de cometas, as Geminídeas têm como objeto parental o asteroide 3200 Phaethon. Quando ele se aproxima do Sol, libera partículas que, ao entrar na atmosfera terrestre, formam os rastros luminosos no céu. A atividade dessa chuva vem crescendo com o passar dos anos e deve atingir seu auge em 2050.

No Hemisfério Norte, onde o radiante está mais alto no céu noturno, a observação é favorecida. Já no Hemisfério Sul, o espetáculo é menos intenso, mas ainda marcante nas primeiras horas da madrugada. O evento não exige equipamentos específicos, como telescópios ou binóculos, sendo acessível a todos os interessados.

Com sua intensidade, cores vibrantes e produção de bólidos, as Geminídeas encerram o calendário astronômico de 2024, reafirmando seu lugar como uma das chuvas de meteoros mais impressionantes do ano.