A Secretaria de Inclusão da Pessoa com Deficiência e Paradesporto (SEIDEP) promoveu nesta sexta-feira (20/09/24), a “Pegadinha da Inclusão”, uma iniciativa realizada no centro de Blumenau para sensibilizar a população sobre o uso correto das vagas preferenciais de estacionamento.
A ação aconteceu na Rua 15 de Novembro, entre o número 759 e o Teatro Carlos Gomes, e utilizou cadeiras de rodas para ocupar vagas públicas, acompanhadas de mensagens que questionavam o uso inadequado dessas vagas por pessoas que não têm direito a elas.
A atividade, que faz parte da programação do “Setembro Branco da Inclusão”, foi realizada em horário de pico para gerar maior impacto no trânsito e provocar uma reflexão sobre a importância do respeito aos direitos das pessoas com deficiência. O objetivo principal da iniciativa foi mostrar como a ocupação indevida das vagas preferenciais afeta a mobilidade de quem tem restrições, destacando que, para essas pessoas, a acessibilidade é uma necessidade, enquanto para quem tem mobilidade plena, estacionar mais longe pode ser apenas um inconveniente.
A ação contou com a parceria da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT), através da Guarda Municipal de Trânsito (GMT) e da Escola Pública de Trânsito, e integrou as atividades da Semana Nacional do Trânsito. Mais de 30 cadeiras de rodas foram colocadas em vagas comuns ao longo da Rua 15 de Novembro, acompanhadas de placas com mensagens como “É só um minutinho” e “Já volto”, simulando as justificativas comumente usadas por quem ocupa indevidamente essas vagas.
Segundo Bruna Cristina Gomes de Araújo Daniel, que comanda a secretaria e também utiliza cadeira de rodas, a ação visou criar um impacto direto para que as pessoas pudessem se colocar no lugar de quem realmente precisa dessas vagas. “Quando uma vaga preferencial é ocupada por quem não tem direito, isso não é apenas um inconveniente, é uma falta de respeito. A legislação garante esse direito para pessoas com mobilidade reduzida, e é essencial que a população entenda isso”, afirmou Bruna .
Durante a ação, a reação das pessoas foi majoritariamente positiva. Algumas discutiram o tema, mas a maioria apoiou a iniciativa, reconhecendo a necessidade de conscientização. “A grande maioria das pessoas nos parabenizou, dizendo que é preciso respeitar esses direitos. Foi uma experiência educativa e importante para reforçar a importância da inclusão”, concluiu a secretária.