Inovação e sustentabilidade estão cada vez mais interligadas. A especialista Elaise Sestrem afirma que, atualmente, não há mais espaço para inovações que não levem em conta o ESG (sigla em inglês para Governança Ambiental, Social e Corporativa). Este conceito engloba ações que visam o equilíbrio entre a responsabilidade ambiental, o impacto social e uma gestão transparente e ética. Ela defende que o ESG deve ser parte integrante da estratégia das empresas desde a sua fundação, abrangendo desde a gestão financeira até o engajamento dos colaboradores.
Embora o termo ESG seja amplamente utilizado, ainda é tratado de forma superficial por muitos gestores, que acreditam que sua implementação pode comprometer os lucros. Segundo Elaise, essa é uma visão equivocada. Empresas que adotam o ESG de maneira eficaz têm mais chances de se manterem sustentáveis a longo prazo, tanto financeiramente quanto em termos de atração e retenção de talentos.
Com dez anos de experiência em direito tributário e um MBA em ESG e Inovação em andamento, Elaise coordena o desenvolvimento da estratégia de ESG e Sustentabilidade do Centro de Inovação Blumenau (CIB). Ela enfatiza que o modelo não é exclusivo de grandes corporações e que pequenas empresas também podem – e devem – implementá-lo desde o início, pois é mais fácil adotar a cultura sustentável logo no nascimento do negócio, em vez de adaptar processos antigos e engessados.
Entre os erros mais comuns das empresas, Elaise menciona o “greenwashing” – quando uma organização finge ter práticas sustentáveis sem realmente as aplicar. Outro erro frequente é adotar estratégias prontas, sem adequar o ESG à realidade de cada empresa, o que resulta em ações superficiais e sem impacto real.
Elaise também ressalta a importância da governança dentro do ESG. Isso envolve desde cumprir obrigações tributárias até criar um ambiente inclusivo para colaboradores. Além disso, destaca que a nova geração de trabalhadores busca empresas com propósito, e que gestores devem investir no desenvolvimento e engajamento de seus funcionários, criando oportunidades de crescimento interno.
Ela também menciona a Lei do Bem, um incentivo fiscal que pode beneficiar empresas que investem em pesquisa e inovação. No entanto, poucas empresas no Brasil utilizam essa oportunidade. Elaise destaca que é preciso estar atento aos critérios da legislação, que exige que a inovação envolva riscos e ofereça ganhos de produtividade.
Elaise será uma das palestrantes do Conexão WK, um evento sobre tecnologia e inovação que ocorre nos dias 12 e 13 de setembro setembro, em Blumenau. O evento contará com mais de 50 palestras sobre temas como ESG, Inteligência Artificial, hiperautomação financeira e gestão de riscos. Mais informações é só clicar aqui.