HEMOSC amplia teste de detecção de ácido nucleico para doadores de todo Sul do Brasil

NAT reduz a janela imunológica e aumenta a segurança em transfusões e transplantes.

Foto: Secretaria Estadual da Saúde (SES) de Santa Catarina

O Teste de Detecção de Ácido Nucleico (NAT) é vital para identificar precocemente doenças como HIV, hepatites B e C, e malária, reduzindo a janela imunológica e aumentando a segurança em transfusões e transplantes. Esse é o tempo em que um organismo leva para produzir anticorpos detectáveis em exames de sangue após ser infectado.

A partir desta quinta-feira (1/08/24), o Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (Hemosc) começará a realizar o teste NAT em amostras de doadores de sangue, órgãos e tecidos de toda a região Sul do Brasil.

Desde 2010, os testes já eram realizados para moradores de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Agora, estenderá seus serviços ao Paraná, conforme decisão da Coordenação-Geral de Sangue e Hemoderivados (CGSH) do Ministério da Saúde (MS). O presidente da Fahece, Alvin Laemmel, destaca que essa expansão reflete a alta qualidade do serviço prestado pela hemorrede catarinense, que possui tripla certificação de qualidade (ONA, ISO 9001:2015 e ABHH/AABB).

A diretora-geral do Hemosc, Patrícia Carsten, explica que a CGSH fornece todos os equipamentos e reagentes necessários, além de cuidar da logística de transporte das amostras. Todos os exames são registrados e ressarcidos pelo SUS. “Expandir nossos serviços para toda a região Sul é um reconhecimento da excelência do Hemosc e essencial para a segurança transfusional”, afirma Carsten.

O teste NAT é realizado pelo Laboratório de Sorologia/NAT na unidade de Florianópolis, que é responsável por detectar agentes infecciosos em sangue, órgãos e tecidos. Atualmente, o laboratório testa em média 1.300 amostras por dia de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Com a inclusão do Paraná, esse número aumentará para 2.000 amostras diárias, de segunda a sábado. “Realizamos adequações em recursos humanos e na área física para receber essa demanda”, comenta Sérgio Melim Sgrott, coordenador laboratorial.

O Hemosc, administrado pela Fundação de Apoio ao Hemosc/Cepon (Fahece), responde por 98% da coleta e distribuição de sangue em Santa Catarina, demonstrando seu compromisso com a saúde pública e a segurança transfusional na região Sul do Brasil.