Mais uma edição do Transcatarina que entrou para a história. De 3 a 13 de julho, um dos maiores encontros do off-road nacional, levou para Santa Catarina mais de 700 pessoas, vindas de 16 estados e aproximadamente 150 municípios. A concentração foi no Hotel Renar, em Fraiburgo (SC).
Com um dos pilares voltados ao turismo, o Transcatarina segue na sua vocação de divulgar as potencialidades do estado e, com isso, também colabora para a movimentação da economia das cidades que recebem o evento.
Nas categorias de competição, o piloto blumenauense Flávio Roberto Kath conquistou o quinto lugar da categoria Máster, ao lado do navegador Rafain Walendowsky (de Brusque). “Foi mais um rally incrível. E chegamos bem perto desse título. Entramos para a etapa decisiva com apenas dois pontos de diferença para os líderes, mas um pneu destalonado nos tirou a chance de seguirmos nessa disputa até o final e, ainda, nos fez perder mais posições”, lamentou Walendowsky.
“Mas isso é rally. Faz parte. Saímos satisfeitos com a competição, que sempre é bem-organizada. Foi um rally extremamente técnico, com médias de velocidades justas e extremamente disputado. Parabéns ao Transcatarina”, completou.
O rally
Quando o assunto é competição, o Transcatarina é composto pelas categorias Máster, Graduados, Turismo, Turismo Iniciante e Turismo Light. Foram três dias de disputas e cerca de 500 km. O frio foi uma característica marcante, porém, que perdia espaço a cada largada, pois rapidamente os ânimos de pilotos e navegadores se aqueciam na busca pelo melhor resultado.
O Transcatarina começou com uma prova rápida e teve 77 km em Fraiburgo. O roteiro passou por uma fazenda de reflorestamento de eucaliptos e, depois, pela tradicional pista off-road da cidade – conhecida como o “terror” dos navegadores, onde o diretor de prova, Vander Hirt (o Fritão), colocou muitos laços e pegadinhas e médias de velocidade bem justas. “Os navegadores precisaram manter bastante atenção na planilha e, consequentemente, nas pegadinhas (uma atrás da outra), feitas propositalmente para eles pensarem rápido e testar a habilidade e entrosamento das duplas”, contou o Fritão.
O segundo dia teve como destino Caçador, SC. Foram cerca de 200 km e o trecho navegado passou por fazendas de eucaliptos e pinus, com terreno bom para acelerar. O destaque do dia foi a travessia do Rio Marombas, com largura de 200 metros e uma paisagem incrível.
Porém, os maiores “pegas” foram na parte final do roteiro: erosões, lombas e terreno bem liso, que exigiram técnica na pilotagem. Somados a isso, vários balaios e pegadinhas que exigiam atenção e precisão da dupla. Algo que se tornou bastante difícil, uma vez que com o chão escorregadio, o carro escapava bastante (e o pneu girava em falso), e em meio as médias de velocidade altas, era preciso corrigir o hodômetro e falar a referência do caminho para o piloto.
E, de volta a Fraiburgo, para incrementar o clima de decisão no terceiro e última dia, choveu! E a chuva aumenta o nível dos obstáculos, deixando o terreno extremamente liso e com lama. O carro espalha, o piloto precisa segurar firme o volante e haja braço. O navegador tem que ficar atento ao hodômetro, porque o pneu gira em falso e perde-se a metragem. Tem que corrigir o equipamento a todo o momento e tudo isso sob a pressão de não perder a referência e nem deixar de cumprir a média de velocidade. As chances de errar em uma situação como essa são grandes. Mas, ao que a maioria dos participantes diz: “quanto mais difícil, melhor”.
Com a conclusão dos “pegas” das categorias do rally de regularidade, foi a vez dos participantes das categorias de turismo: Adventure 1, 2 e 3, Radical 1, 2 e 3, e Expedition, darem sequência a aventura que, teve fim, no último sábado (13), em Jaraguá do Sul, após explorar diversos roteiros entre o Vale dos Imigrantes e o Vale dos Encantados, que teve parada também no Planalto Norte e São Bento do Sul.