A obra de desassoreamento e melhoramento do rio Itajaí-Açu, em Rio do Sul (SC), teve início na terça-feira (11/06/24) e deve se estender por seis meses. A primeira fase prevê o desassoreamento de 8,2 km de extensão, além do melhoramento das margens e da recomposição da vegetação ciliar.
O trabalho inclui a remoção de resíduos acumulados, como pneus e eletrodomésticos, do leito do rio. Estes materiais são transportados para uma balsa especializada ou para o porto de descarte “Bota Fora”, localizado nas margens do rio.
O investimento total pelo Governo catarinense será de R$ 16,2 milhões. Equipamentos específicos, como retroescavadeiras hidráulicas e balsas contêineres, com capacidade para 80 metros cúbicos de material, serão empregados para remover pedras, areia, madeira e lixo.
O governador destacou a importância da conscientização pública na preservação ambiental e na manutenção da limpeza dos rios. “Estamos empenhados em mitigar os efeitos das enchentes na região do Médio e Alto Vale. No entanto, a colaboração da sociedade é crucial para evitar o descarte inadequado de lixo que, eventualmente, obstrui bueiros e polui os rios”, enfatizou Mello.
O secretário de Estado da Proteção e Defesa Civil, coronel Fabiano de Souza, explicou que a opção por retroescavadeiras hidráulicas se deve à necessidade de remover materiais sólidos além de areia, o que torna o uso de dragas de sucção inadequado para este tipo de operação.
A diversidade de profundidade do rio, variando de três metros a 40 centímetros, demandou a utilização de equipamentos de diferentes tamanhos para adequar-se às condições do leito. Denílson Sardá, engenheiro responsável, mencionou que esta abordagem facilita a operação em áreas mais rasas e próximas ao talude, enquanto as escavadeiras maiores são utilizadas nas partes mais profundas.
A limpeza dos taludes é essencial para a remoção de vegetação que não resiste a fortes chuvas e enchentes, sendo substituída pela recomposição de mata nativa nas áreas preservadas.
O projeto atual amplia as ações propostas pelo estudo da Japan International Cooperation Agency (Jica), que sugeria melhoramentos em cinco pontos da área urbana de Rio do Sul. A intervenção agora cobre 8,2 km, incluindo 4,5 km no rio Itajaí-Açu, 3 km no Rio Itajaí do Oeste e 700 metros no rio Itajaí do Sul, superando as recomendações iniciais.