Com o calor, passeios e banhos em rios, lagoas e praias do Estado estão entre as alternativas para se refrescar. Mas é preciso tomar alguns cuidados para que a diversão não se transforme em tragédia.
Conforme dados do Corpo de Bombeiros, entre outubro de 2013 e abril de 2014, foram registradas 69 mortes por afogamento em Santa Catarina. O coronel do Corpo de Bombeiros, Onir Mocellin, explicou que crianças e adolescentes, por exemplo, precisam ser observados de perto por pais ou responsáveis.
“As crianças devem estar sempre próximas. Não é levar a criança para praia, no rio e ficar cuidando de longe. Ela tem que estar junto. Se for tomar banho evitar boias, colchões inflável, porque se estiver em um local que é fundo e vir uma onda e derrubar a pessoa se afoga. Sempre indicamos usar o colete salva vida”, informou.
Os adultos também precisam ter cautela quando forem entrar em rios, lagoas e mar. Segundo Onir Mocellin, a ingestão de bebidas alcoólicas é o principal fator que contribui para o afogamento de adultos.
“A maior incidência de morte por afogamento é associada ao consumo de bebida alcoólica. Geralmente após consumir a pessoa entra na água, perdendo a noção de perigo, de risco, assim as habilidades de natação ficam reduzidas. Muitas vezes é quase impossível de reanimar essa vítima que está quase em coma alcoólico. Temos observado isso frequentemente”, salientou o coronel.
Prevenção
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o ideal é, em primeiro lugar, procurar um local conhecido e onde exista sempre a presença de guarda-vidas.
Para evitar acidentes é preciso respeitar as faixas e os avisos, além de não entrar em locais onde há alerta de perigo de morte ou em águas poluídas. Muito importante também é nunca deixar crianças sozinhas e, se for andar de barco ou qualquer outra embarcação, usar sempre coletes salva-vidas. Além destas, os Bombeiros dão outras dicas importantes.
– Lembre-se: Todo ambiente aquático requer cuidado. As principal recomendação para garantir sua segurança é ter noção dos riscos e assumir uma postura preventiva.
– Seja prudente. Não superestime sua capacidade de nadar. Avalie as consequências de um possível incidente.
– Evite locais sem a presença de guarda-vidas
– Em água doce ou salgada, procure locais rasos e sem correnteza
– Crianças exigem cuidado redobrado. Não as perca de vista.
– Sempre que possível, opte pelo uso do colete salva-vidas (especialmente em crianças). Em água doce ou em embarcações, seu uso é imprescindível. O uso dele, certamente, fará a diferença entre vida e morte.
– Atente para a sinalização de praia. Observe a bandeira fixada no posto dos guarda vidas:
- Vermelha: risco elevado de afogamentos
- Amarela: risco médio de afogamentos
- Verde: risco baixo de afogamentos
- Preta: posto desativado
– As bandeiras vermelhas na faixa de areia indicam as correntes de retorno. Apesar da menor quebra de ondas, o local possui forte correnteza em direção ao alto-mar. Evite estes pontos. Se notar que está sendo arrastado por uma dessas correntes, mantenha-se calmo e tente acenar ou gritar por socorro enquanto nadapara o lado, em vez de para o raso.
– Não tente salvar pessoas vítimas de afogamento sem estar habilitado. Neste caso, lance algum objeto que a ajude a flutuar e acione guarda-vidas ou a emergência pelo telefone 193.
– Objetos flutuantes (bóias e pranchas) passam falsa impressão de segurança. O ideal é optar por um colete salva-vidas.
– Evite aproximar-se de costões. Ao caminhar sobre as pedras destes ambientes, observe antes se uma onda não poderá atingí-lo e jogá-lo no mar.
– Antes de mergulhar, certifique-se da profundidade. Um acidente pode provocar sequelas irreversíveis.
– Nunca nade após ingerir bebidas com álcool, alimentos ou se estiver passando mal ou com frio.
– Evite, ainda, áreas de saída de barco ou prática de esportes aquáticos (kitesurfe, surfe).
– Sempre acate as orientações dos guarda-vidas.