A indústria da construção civil em Santa Catarina tem algumas vantagens interessantes no uso do concreto protendido. O material passa por um processo de pré-tensão de suas armaduras antes da aplicação do concreto.
Originário da Europa e dos Estados Unidos, e adotado no Brasil desde a construção da ponte do Galeão em 1949, esse método agora se destaca nas construções de alto padrão pela sua capacidade de oferecer estruturas mais resistentes à tração, ao mesmo tempo em que possibilita a redução de até 70% no uso de vigas. Essa característica não só permite a criação de espaços mais amplos e flexíveis mas também contribui para uma estética mais leve e arejada nos novos empreendimentos.
Kátia Nascimento, diretora comercial da Conrado Empreendimentos, destaca as múltiplas vantagens dessa abordagem, incluindo a diminuição do tempo de escoramento de 28 para apenas cinco dias em comparação com o concreto convencional, a redução no consumo de madeira e, consequentemente, nos resíduos da construção. Isso não apenas melhora a produtividade e o custo-benefício mas também alinha os projetos às crescentes demandas por sustentabilidade.
Além disso, a tecnologia facilita reformas e alterações futuras nos apartamentos, aumenta o isolamento acústico entre pavimentos e oferece maiores áreas de manobra e vagas de garagem, tornando os empreendimentos mais modernos, confortáveis e valorizados no mercado.
Um exemplo pioneiro dessa tendência é o Pallazo Reale, um lançamento da Conrado Empreendimentos que usa lajes protendidas e está sendo erguido na praia de Perequê, no município de Porto Belo (SC). A adoção dessa tecnologia, ainda pouco utilizada no Brasil apesar de sua presença em obras icônicas como o MASP e a Ponte Rio Niterói, marca um movimento significativo rumo à inovação e eficiência na construção civil, apontando para um futuro onde qualidade, sustentabilidade e design vão de mãos dadas.
A proposta desta matéria foi mostrar uma curiosidade, que provavelmente arquitetos e engenheiros conhecem muito melhor.