Grupo criminoso: “Operação Repasse” ocorreu em Blumenau e outras cidades

Em operação conjunta, GAECO de Santa Catarina e Paraná foca em desarticular grupo especializado em estelionato e lavagem de dinheiro.

Foto: Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO)

Blumenau foi uma das cidades onde o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) deflagrou, na manhã desta terça-feira (31/10), uma grande operação. Em Santa Catarina, a ação também aconteceu em Joinville, Jaraguá do Sul e Balneário Camboriú. No Paraná, avançou pela capital Curitiba e no município de Pontal do Paraná.

Crimes sob Investigação

A operação, intitulada “Repasse,” foca em desmantelar uma organização criminosa acusada de múltiplos delitos, entre eles estelionato, falsidade ideológica, falsificação de documentos e lavagem de dinheiro. As ordens judiciais, que incluem 33 mandados de prisão e 45 mandados de busca e apreensão, foram expedidas pela 2ª Vara da Comarca de Ituporanga.

Foto: Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO)

Atuação da Quadrilha

De acordo com as informações divulgadas, a organização utilizava a internet como principal ferramenta para atrair suas vítimas. Criavam anúncios falsos de veículos e os disseminavam por meio de perfis fictícios de empresas e em grupos de aplicativos de mensagens instantâneas. Após captar a atenção das vítimas com ofertas tentadoras, os criminosos solicitavam um pagamento inicial ou sinal.

Uma vez realizado o primeiro pagamento, os indivíduos enviavam documentos falsificados aos compradores para incentivá-los a realizar o pagamento integral. A organização chegava até a cobrar uma taxa adicional referente ao transporte do suposto veículo até o local de entrega. Os valores arrecadados eram rapidamente redistribuídos entre contas bancárias diversas para, em seguida, serem sacados em espécie.

Foto: Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO)

A investigação revelou que a quadrilha chegou a movimentar aproximadamente R$ 6 milhões em um período de cerca de 45 dias, utilizando também contas de terceiros, conhecidos como “laranjas,” para camuflar a origem ilícita dos recursos.

O trabalho iniciou em maio deste por meio de um procedimento investigatório criminal (PIC) instaurado pela 3ª Promotoria de Justiça da Comarca de Ituporanga após vítimas na região terem levado informações sobre as práticas criminosas ao Ministério Público de Santa Catarina. A partir dessa fase investigatória, foram solicitadas as medidas cautelares judiciais, que foram deferidas pelo Poder Judiciário.

GAECO

O GAECO é uma força-tarefa composta, em Santa Catarina, pelo Ministério Público, pelas Polícias Militar, Civil, Rodoviária Federal e Penal, pela Receita Estadual e pelo Corpo de Bombeiros Militar e tem como finalidade a identificação, prevenção e repressão às organizações criminosas.

Foto: Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO)