Após sete dias de buscas, o homem de 47 anos, que havia desaparecido após o naufrágio de uma balsa no Rio Uruguai, foi encontrado por volta das 11h15 da terça-feira (24/10/23). O corpo estava a aproximadamente 15 km do local onde a embarcação submergiu.
A balsa partiu do município de Alto Bela Vista (SC) em 18 de outubro, com destino a Marcelino Ramos, no Rio Grande do Sul. Transportava um caminhão carregado de tijolos e tinha três pessoas a bordo: o balseiro, o marinheiro e o motorista do caminhão. Na época, chuvas intensas aumentaram o volume do rio, intensificando a correnteza.
O motorista do caminhão e o marinheiro conseguiram nadar até a superfície e foram resgatados por moradores locais. A embarcação, no entanto, foi arrastada pela correnteza por cerca de um quilômetro antes de desaparecer nas águas do Rio Uruguai.
A operação foi coordenada pelo 11º Batalhão de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), sediado em Joaçaba. As buscas tiveram o apoio de equipes dos três estados do sul, bem como da Marinha do Brasil.
Equipes se revezavam com mergulhadores de Joaçaba (11ºBBM), Chapecó (6ºBBM), Xanxerê (14ºBBM) e do Grupamento de Busca e Salvamento (GBS) do 1ºBBM em Florianópolis.
Os Bombeiros Militares do Rio Grande do Sul (CBMRS) enviaram mergulhadores de Passo Fundo e Porto Alegre. Além disso, o estado vizinho prestou apoio com a Brigada Militar e o Batalhão Ambiental.
O equipamento sonar, que facilita a localização de objetos submersos, veio com os bombeiros do Paraná, cedido pela Usina Hidrelétrica de Itaipu. Os sinais sônicos e ultrassônicos emitidos pelo equipamento retornavam em ecos, possibilitando a localização exata do caminhão, da balsa e do rebocador.
Segundo o major Ilton Schpil, responsável pela operação, o trabalho foi complexo devido à profunda profundidade (16 metros), forte correnteza, visibilidade nula e risco de enrosco na embarcação, que tinha sua estrutura danificada. “Apesar das dificuldades e do desgaste físico e emocional dos bombeiros militares envolvidos, todos se empenharam ao máximo para ter sucesso nas buscas”, afirma.
O major Schpil ressaltou que o trabalho de mergulho só foi possível graças à colaboração da empresa responsável pelas barragens de Machadinho e Itá. A empresa fechou as comportas em determinados momentos, reduzindo a correnteza e permitindo que os mergulhos ocorressem com menos riscos para as equipes.