O Hospital Santa Catarina de Blumenau e a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) celebram 14 anos de parceria para o tratamento cirúrgico de cardiopatias congênitas. Desde o início dessa parceria, em 2009, foram realizadas 807 cirurgias cardíacas pediátricas em gratuidade.
De acordo com o cirurgião cardíaco pediátrico, Dr. Décio Cavalet Soares Abuchaim, a cardiopatia congênita é uma condição em que ocorrem anomalias estruturais no coração de uma criança durante o desenvolvimento fetal. Em alguns casos, a cardiopatia congênita pode ser leve e não necessitar de intervenção cirúrgica. “Em outros casos, no entanto, especialmente nos mais graves, pode ser necessária a realização de cirurgias cardíacas para corrigir ou melhorar as anomalias presentes no coração da criança”, explica.
Assim, conscientes da importância de garantir um tratamento acessível e de qualidade para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), o Hospital e a Semus se uniram para oferecer cirurgias cardíacas filantrópicas às crianças com cardiopatia congênita.
Ao longo desses 14 anos, o cirurgião cardíaco pediátrico, Dr. Décio Cavalet Soares Abuchaim e a cardiologista pediátrica, Dra. Juliana Spengler Abuchaim têm se dedicado incansavelmente ao sucesso desses procedimentos. Com equipamentos de última geração e tecnologia avançada, cada cirurgia foi realizada com o mais alto padrão de excelência, garantindo segurança e eficácia nos resultados.
A parceria entre o Hospital Santa Catarina de Blumenau e a Secretaria Municipal de Saúde tem sido uma verdadeira conquista para a comunidade de Blumenau e região. Segundo a cardiologista pediátrica, Dra. Juliana Spengler Abuchaim, essa parceria permitiu que centenas de crianças com cardiopatia congênita recebessem o tratamento cirúrgico necessário. “Essas cirurgias não apenas salvaram vidas, mas também proporcionaram uma melhoria significativa na qualidade de vida dessas crianças e de suas famílias”, destaca.
Segundo a mãe do pequeno Miguel de Sá, Ivana Peixer, o atendimento ágil é fundamental, assim como um acompanhamento adequado. “Nunca tinha ouvido falar em cardiopatia congênita. Não fiz o ultrassom morfológico, o exame que ajuda a detectar essa condição ainda durante a gestação. Não recebi a orientação adequada. Simplesmente, meu filho nasceu, levaram direto para a UTI Neonatal e disseram que ele tinha um defeito no coração. Recebemos alta em alguns dias e começamos o acompanhamento com a Dra. Juliana. A primeira cirurgia foi aos 5 meses e a segunda, agora, com 4 anos”, explica.
Para o superintendente geral do HSC Blumenau, Maciel Costa, a parceria entre o Hospital e a Semus permite que os pacientes recebam um tratamento mais ágil e de qualidade, sem a necessidade de recorrer a outros municípios catarinenses. “Com a parceria, os pacientes que, anteriormente, eram encaminhados para outras cidades, agora recebem todo atendimento aqui em Blumenau, permitindo assim, que tenham um acompanhamento mais próximo da família, o que nestes casos é de extrema importância”, conclui.
O prefeito, Mário Hildebrandt, por sua vez, ressalta que a parceria tem permitido à Semus ofertar procedimentos de alta complexidade para população aqui mesmo em Blumenau. “Alguns procedimentos realizados na cidade, especialmente os de alta complexidade, antes eram encaminhados para Florianópolis ou outras cidades. O tempo que os pacientes permaneciam em viagem lhes dá hoje a condição de estarem mais tempo com suas famílias. Isso sem esquecermos, também, que o tempo de espera para a realização desses procedimentos era muito maior por conta da alta demanda do Estado. A nossa missão, que é trabalhar para melhorar a vida das pessoas, está sendo atingida com a parceria com o HSC Blumenau”, acrescenta Hildebrandt.
Como funciona a parceria?
Os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), que necessitam de cirurgia cardíaca pediátrica, são encaminhados ao Hospital Santa Catarina de Blumenau pela Secretaria Municipal de Saúde, considerando o grau de prioridade e não o tempo de espera.
Assim, o procedimento é agendado e realizado pelo hospital em gratuidade, ou seja, não existe nenhum custo para a família. Após o procedimento, a criança é acompanhada, por um período de seis meses, em consultório pelo cirurgião cardíaco pediátrico e pela cardiologista pediátrica.