Indígenas interditam rodovias em SC em ato contra a votação do marco temporal

As manifestações começaram na manhã desta quarta-feira (7/06) e no início da tarde as pistas já estavam liberadas.

km 233,5 da BR-101, em Palhoça (SC) | Foto: PRF/SC

Nesta quarta-feira (7/06/23), indígenas e apoiadores bloquearam duas rodovias catarinenses, em ato contra a votação do marco temporal, que deve ser julgado hoje pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O projeto prevê que só podem ser preservadas as terras que já eram tradicionalmente ocupadas por povos indígenas até 5 de outubro de 1988, data em que foi promulgada a Constituição Federal.

Uma das rodovias foi a SC-283, no acesso do município de Paial, na região Oeste. Segundo a Polícia Militar Rodoviária Estadual (PMRv), o fechamento da rodovia é alternado por 45 minutos, depois aberto por outros 15. Os únicos autorizados a passar são os carros oficiais e as ambulâncias. Os indígenas pertencem a aldeias dos municípios de Chapecó (Toldo Chimbangue e Condá) e Ipuaçu.

No sentido sul e norte do km 233,5; na BR-101, em Palhoça (SC), o trânsito também estava totalmente paralisado devido a manifestação. Às 12h45, a concessionária Arteris Litoral Sul informou que as filas chegavam a 1,5 km de fila nos dois sentidos da rodovia. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que o sentido norte foi liberado por volta das 13h e o

km 233,5 da BR-101, em Palhoça (SC) | Foto: PRF/SC
km 233,5 da BR-101, em Palhoça (SC) | Foto: PRF/SC
PRF negociando a liberação com liderança indígena, no km 233,5 da BR-101, em Palhoça (SC) | Foto: PRF/SC
Concentração de 50 indígenas na BR-280, em Guaramirim (SC) | Foto: PRF/SC
Concentração de 50 indígenas na BR-280, em Guaramirim (SC) | Foto: PRF/SC
Concentração de 50 indígenas na BR-280, em Guaramirim (SC) | Foto: PRF/SC

sul às 14h.

No norte do Estado, mais precisamente no km 37 da BR-280, no município de Guaramirim, um grupo de indígenas também ocupou a pista. A manifestação com cerca de 50 pessoas começou às 13h50, e depois de meia hora, o trânsito foi liberado.

Em outras regiões brasileiras, como no Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Brasília (DF), também ocorreram manifestações.