O cenário de saúde no Brasil é marcado por várias doenças, e entre elas, o câncer de estômago se destaca. A morte de Ana Paula Borgo, uma promissora ex-jogadora da seleção feminina de vôlei do Brasil, para essa doença silenciosa. Ela faleceu aos 29 anos na última quinta-feira (11/05/23), após um diagnóstico feito há oito meses, durante exames de rotina.
O câncer gástrico figura entre as principais doenças oncológicas no Brasil, sendo o quarto mais frequente em homens e o sexto em mulheres. Com maior prevalência entre pessoas de 60 a 70 anos, mais da metade dos pacientes, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), têm mais de 50 anos.
Nos próximos anos, de 2023 a 2025, o Inca projeta a ocorrência de aproximadamente 21.480 novos casos anuais de câncer de estômago no Brasil, com uma distribuição de 13.340 em homens e 8.140 em mulheres.
Indícios e Medidas Preventivas
Os sintomas do câncer de estômago são muitas vezes inespecíficos. Entre os mais comuns, estão: perda de peso e apetite, cansaço crônico, sensação de plenitude gástrica, vômitos, náuseas e dor abdominal contínua.
O Inca salienta que esses sintomas podem ser compartilhados por condições benignas como a úlcera e a gastrite, mas também podem sinalizar a presença de um tumor gástrico. Ao primeiro sinal desses sintomas, a procura por orientação médica é de extrema importância.
Em estágios mais avançados, a doença pode se manifestar como uma massa palpável no alto do abdômen, aumento do fígado, linfonodos palpáveis na região inferior esquerda do pescoço e nódulos na região umbilical.
Segundo o Inca, fatores como sobrepeso, obesidade, consumo exagerado de álcool e sal, tabagismo e doenças preexistentes podem aumentar o risco de desenvolver a doença.
Recomenda-se para prevenção do câncer gástrico a moderação no consumo de álcool e alimentos salgados, a abstinência do tabaco e a manutenção de um peso saudável.
Procedimentos de Diagnóstico e Terapêuticos
O diagnóstico do câncer gástrico é geralmente confirmado por endoscopia digestiva alta, um exame que permite a visualização do estômago e do esôfago e a realização de biópsias. Se a doença for confirmada, uma tomografia computadorizada é feita para avaliar a extensão do tumor. Os principais tratamentos usados são a cirurgia e a quimioterapia.