Na terça-feira (25/04/23) presidente do Sintex – Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário, José Altino Comper, e o diretor executivo, Renato Valim, estiveram na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). Eles participaram da reinstalação da Frente Parlamentar Mista José Alencar para o Desenvolvimento da Indústria Têxtil e de Confecção.
Criada em 2008, a Frente tem como objetivos primordiais a promoção do desenvolvimento sustentável da atividade e implementação de medidas voltadas à competitividade, como a redução do Custo Brasil e melhoria do ambiente de negócios no País. “Precisamos desenvolver cada vez mais melhores oportunidades para a indústria nacional e para isso precisamos conscientizar a classe política acerca dos desafios que enfrentamos diariamente com problemas como a sobrecarga de impostos e concorrência de produtos importados entrando de forma irregular no País”, destaca Comper.
“Nós temos que defender um setor cada vez mais forte interrompendo um processo de desindustrialização no Brasil, um processo que tem causado muito fortemente, não só por importações, desleais do comércio exterior, mas também por onerosidade muito grande para o empreendedor brasileiro”, disse o deputado federal Eduardo Bismarck (PDT) que assumiu a presidência da Frente Parlamentar Mista José Alencar para o Desenvolvimento da Indústria Têxtil e de Confecção do Brasil.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Ricardo Steinbruch, defende menos burocracia e um Estado mais eficiente. “O empresário precisa de três coisas para investir: estabilidade, previsibilidade e confiabilidade”, afirma.
Segundo Steinbruch, o país precisa de modernização e investimento para ter competitividade e eficiência. “A automação está muito presente no mercado e, nesse quesito, o Brasil está atrasado. Isso demanda muito investimento, o que fica difícil com os juros altos como estão. Nosso parque, mesmo com todos os problemas, é o quinto maior do mundo”.
Importância do setor
A indústria têxtil e de confecção emprega quase 20% dos trabalhadores alocados na produção industrial e gera 6% do valor total da produção da indústria de transformação no Brasil. “Apesar desses números expressivos, o setor tem sentido duramente os efeitos da desindustrialização do país e da falta de políticas efetivas de valorização do setor secundário. Existem muitas amarras legislativas que devem ser desfeitas”, observa Marcos Pereira, que atualmente é o vice-presidente da frente.
O vice-presidente da Abit, Fernando Pimentel, fala sobre a importância da união entre o setor e o Legislativo. “Quero valorizar o trabalho do Congresso Nacional com a iniciativa privada. Estamos aqui há três legislaturas e meia realizando um trabalho bastante interessante juntos. Se não estivermos presentes, levando propostas e sugestões, não seremos capazes de interferir no que é importante para o crescimento do Brasil”, diz.
Parlamentares catarinenses
Estiveram presentes no evento três parlamentares catarinenses: o senador Esperidião Amin, a deputada federal Ana Paula Lima e o deputado federal Rafael Pezenti. Ao todo, a nova composição da Frente Parlamentar contará com a participação de 186 deputados federais e 20 senadores.
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