Uma operação resgatou 24 venezuelanos que trabalhavam em condição análoga à escravidão em Rio do Sul (SC), no Alto Vale do Itajaí. Eles foram encontrados com suas famílias em condições degradantes de moradia, sem cozinha, colchões e água suficiente. Entre as pessoas no local, havia crianças e até dois bebês recém-nascidos com 4 dias de vida.
Quando chegaram, há um mês, os venezuelanos ficaram instalados por uma semana em cômodos improvisados, sem camas e nem banheiro. Isso porque primeiro tiveram que construir o próprio alojamento, feito com paredes de madeira, telhado de zinco e instalando uma fiação elétrica precária. O chão era de concreto.
A ação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) aconteceu nesta quinta-feira (9/02/23) com apoio do Núcleo de Operações Especiais (NUE) da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que garantiram a segurança dos auditores-fiscais trabalhistas.
Os contratos de trabalho foram rescindidos e a empresa pagou cerca de R$ 140 mil de verbas rescisórias, R$ 100 mil de danos morais individuais e R$ 200 mil de danos morais coletivos.
A empresa contratante firmou um termo de ajustamento de conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho, em que pagará a cada trabalhador três parcelas do seguro-desemprego especial, no valor de um salário-mínimo.
A PRF não divulgou a localização de onde aconteceu a operação. Os venezuelanos foram levados para hotéis na cidade.