Um dos grandes talentos da música contemporânea Brasileira morreu na noite desta terça-feira (6/12/22) no Rio de Janeiro (RJ). Edino Krieger, de 94 anos, era natural de Brusque (SC) e conhecido compositor, produtor, maestro e crítico musical. Ele estava internado desde o mês passado na Casa de Saúde São José, mas não há informações sobre a causa da morte.
As primeiras lições foram com um violino passadas pelo pai Aldo Krieger, que também era músico, compositor e regente. A música seguiu no sangue da família por mais uma geração. Edino é pai do compositor, instrumentista, cantor e humorista Edu Krieger; do guitarrista e compositor Fabiano Krieger; e do pesquisador musical Fernando Krieger.
Em 1943, na época com 15 anos, Edino foi morar na capital fluminense para continuar a formação no Conservatório Brasileiro de Música, onde estudou com H. J. Koellreutter, graças a uma bolsa oferecida pelo então governador catarinense Nereu Ramo (mais tarde presidente do Brasil por dois meses). Nos EUA, estudou com Aaron Copland e Gilbert Chase.
Edino integrou o Grupo Música Viva, um dos principais nomes da vanguarda da música de concerto no Brasil, no século XX. Também foi diretor da Rádio MEC e crítico da “Tribuna da Imprensa” e do “Jornal do Brasil”. Além disso, ele teve importante atuação em cargos de administração como na Fundação de Teatros do Rio, a Funarte, Museu da Imagem e do Som e ocupou a presidência da Academia Brasileira de Música. Ele também criou os Festivais de Música de Guanabara e as Bienais da Música Brasileira Contemporânea.