Segundo um levantamento encomendado pelo Ministério Público do Trabalho catarinense, o número de trabalhadores afastados por motivos de saúde em Santa Catarina é 48% maior do que a média nacional.
A pesquisa que levou 3 anos, foi realizada por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Universidade do Vale do Itajaí (Univali). Ela analisou o número e o tipo de benefícios previdenciários concedidos para trabalhadores com problemas de saúde entre 2005 e 2011.
No levantamento “Perfil de Agravos à Saúde em Trabalhadores de Santa Catarina”, utilizou a plataforma de informações da Previdência Social – a Dataprev – levando em consideração as 15 atividades econômicas que mais empregam em SC.
O primeiro é o trabalho nos frigoríficos (abate de frangos e suínos), a atividade que teve maior incidência de afastamentos correspondendo a 39% dos 50 mil empregados. Os principais diagnósticos foram a depressão, dorsalgias (dor nas costas) e lesões de ombro.
Em segundo lugar, foi o setor têxtil, muito comum na nossa região, em que os principais diagnósticos também foram de episódios depressivos e de depressão recorrente. Os benefícios previdenciários chegaram a atingir 37% dos empregados atuais.
O terceiro é o comércio, onde os principais diagnósticos foram de episódios depressivos, sinovite (inflamação das articulações) e tenossinovite (inflamação dos tendões), lesões do ombro, hemorragias no início da gravidez e dorsopatias (doenças das costas). Corresponde a 31% dos 59 mil empregados do comércio varejista, com predominância de produtos alimentícios por supermercados.
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