Três urnas eletrônicas precisaram ser substituídas em Blumenau

Todos os problemas aconteceram em sessões de escolas neste domingo (2/10). Confira quais são os procedimentos recomendados e em que locais ocorreram os problemas.

Equipamentos eletrônicos estão sujeitos há problemas, o que também acontece com as urnas utilizadas durante as eleições. De acordo com o chefe do Cartório Eleitoral de Blumenau, Ricardo de Souza, três urnas eletrônicas precisaram ser substituídas na manhã deste domingo (2/10/22) de primeiro turno.

Duas foram nas escolas estaduais E.E.B. Coronel Pedro Christiano Feddersen (Vila Itoupava) e E.E.B. Hercílio Deeke (Velha Central). A outra foi na escola municipal E.B.M. Alberto Stein (Água Verde).

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, há vários modelos de urnas adotados por eleição, todas fabricadas para serem usadas pelo menos por dez anos. Embora sejam adotados inúmeros procedimentos de testes e manutenções preventivas para evitar problemas durante a votação, ela também pode apresentar falhas como qualquer outro dispositivo eletrônico.

A Justiça Eleitoral prevê procedimentos de contingência previstos em resolução para preservar e evitar a perda dos votos registrado e garantir a continuidade da votação. O primeiro é o mais básico de todos e não altera as informações gravadas nos cartões de memória. O presidente da mesa da sessão desliga e religa o equipamento na frente dos fiscais presentes.

Caso o problema persista, as orientações seguintes são:

  1. Reposicionamento de cartão de memória

Na urna eletrônica, existem dois cartões de memória para gravar os votos e dados dos eleitores, um interno e outro externo. Durante a preparação das urnas, o cartão externo pode não ter sido inserido de forma correta e basta reposicioná-lo para resolver a falha. Esse procedimento requer reposição de lacre com as devidas assinaturas indicadas em resolução.

2. Substituição do cartão de memória externo

O cartão externo funciona como backup das informações coletadas durante a votação e a sua substituição pode resolver problemas de falhas ou danificações. Neste tipo de procedimento a urna é desligada e o cartão de memória substituído por um reserva (contingência). Ao ser novamente ligada, a urna detecta automaticamente o cartão e sincroniza (copia) o conteúdo.

Se tudo der certo, a votação pode continuar de onde parou, ou seja, tanto os votos computados quanto o registro de quais eleitores já votaram são mantidos. Os lacres rompidos devem ser repostos e assinados. O cartão externo que falhou é colocado em um envelope específico, que é lacrado e enviado ao local designado pela Justiça Eleitoral para ser analisado ou passar por eventuais auditorias.

A geração dos cartões de memória de contingência segue os mesmos ritos de divulgação e representação, exigidos em resolução, para geração de qualquer mídia para a urna eletrônica. Lembrando que todo o processo passar por testes e é submetido para análise de todos os órgãos fiscalizadores.

3. Uso de urna de contingência – substituição da urna com falha

Além das urnas preparadas para cada uma das seções eleitorais, existem urnas reservas com todos os aplicativos da Justiça Eleitoral necessários. Elas não estão configuradas para nenhuma seção eleitoral específica e nem possuem dados, apenas o básico para operar.

O procedimento de substituição da urna consiste na retirada do cartão de memória externo da urna com defeito que é inserida na de contingência. Ao ser ligada, ela sincroniza as informações do cartão externo para o interno e só então o equipamento passa a operar na seção onde ocorreu a falha.

Mas se mesmo assim não funcionar, a votação deverá prosseguir com o uso de cédulas de papel até o encerramento da sessão. Para permitir uma eventual auditoria pós-eleições, as urnas com defeito e a de contingência serão lacradas e enviadas para a junta eleitoral e a equipe designada pelo juiz eleitoral.

Fonte: Tribunal Superior Eleitoral