Um surto de casos de meningite na Flórida, estado da costa leste dos Estados Unidos, está deixando médicos do Brasil em alerta. A região tem uma grande incidência de brasileiros, entre residentes e visitantes, e o risco de a doença migrar para o país pede atenção redobrada.
O aumento de casos foi registrado ainda no mês de junho, quando pelo menos 26 infectados foram confirmados e ocorreram sete mortes pela doença. A situação levou o Centro de Controle e Prevenção de Doenças – uma espécie de Anvisa dos Estados Unidos – a emitir um alerta sobre os riscos da transmissão da doença e a importância da vacinação.
Evolução rápida
Uma das principais preocupações dos médicos é a rápida evolução da doença, que se não for combatida pode levar à morte em até 24 horas após os primeiros sintomas. Além do surto registrado nos Estados Unidos, outro fator que aumenta a apreensão em torno da doença meningocócica é a baixa adesão das pessoas à vacinação.
O diretor técnico do Hospital Dia do Pulmão, Dr. Mauro Sérgio Kreibich, ressalta que a vacinação é a principal forma de prevenção ao contágio pela doença. “A doença meningocócica, em todas as suas formas, é preocupante porque pode evoluir para um quadro muito grave rapidamente. A imunização ainda é a principal maneira de evitar um desfecho trágico e é indicada para todas as faixas etárias”, aponta.
A instituição disponibiliza atualmente duas vacinas que atuam contra a doença meningocócica: a ACWY e a B. A primeira atua contra meningites e infecções generalizadas causadas pela bactéria meningococo dos tipos A, C, W e Y; a segunda atua contra a bactéria meningococo do tipo B.
Ambos os imunizantes têm indicação para várias faixas etárias e a orientação dos sistemas de saúde é que todas as pessoas estejam imunizadas com, pelo menos, um dos tipos – a ACWY é a mais comum, por conta da maior amplitude de cobertura. Todas as orientações para a vacinação podem ser encontradas neste link.