A água das chuvas que desce do Alto Vale desemboca na foz, em Itajaí (SC). O grande volume faz com que a correnteza atinja aproximadamente 10 Km/h (45 nós), velocidade cinco vezes maior do que em dias normais. Toda essa força acaba afetando as embarcações atracadas no porto da cidade, e também de Navegantes (SC), na margem oposta.
Foi o caso do navio Kiwi Arrow, de bandeira panamenha, que está atracado em Itajaí e precisou da ajuda dos rebocadores depois que os cabos estouraram. A primeira providência foi ligar o propulsor dianteiro do navio até que um rebocador de popa controlasse a parte de trás, e outro de proa, a da frente.
A enorme embarcação carregada com sacos de sulfato de manganês (importados da China) está no berço 4, um cais localizado na curva do Itajaí-Açu, onde a correnteza é mais forte. Se não fosse controlado, o navio poderia atingir outros próximos ou mesmo da Portonave, que fica na outra margem.
Um dos trabalhadores do porto de Itajaí estava no momento em que o cabo estourou. Edson Francisco da Silva gravou as imagens e sua voz mostra a tensão com o incidente.