O encontro para conhecer os trabalhos da Acib foi um pedido do cônsul, que disse que é preciso analisar novas possibilidades para futuros investimentos.
Um almoço entre empresários de Blumenau com o cônsul geral dos Estados Unidos, Dennis Hankins, e o vice-cônsul para assuntos econômicos, Charles Stinger aconteceu nessa quarta-feira, 29, no Tabajara Tênis Clube. Além dos diretores da Associação Empresarial de Blumenau (Acib) e empresários de diversos setores, participaram o secretário de Desenvolvimento Regional, César Botelho e o secretário de Desenvolvimento Econômico de Blumenau, Jorge Censi.
Blumenau tem 71 empresas que importam dos Estados Unidos e outras 18 que exportam para o país que tem a maior economia do mundo. Juntas, as 18 empresas geraram cerca de R$ 50 milhões de reais em exportações aos EUA em 2013. Esta foi a primeira visita do cônsul a Blumenau. Ele comentou que gosta de conhecer o que se passa pelo interior do país e considera as visitas fundamentais para avaliar novos investimentos. “Fiquei muito interessado em conhecer a indústria daqui. Já investimos bastante no Brasil, mas temos interesse em conhecer novas possibilidades, como Blumenau e região”, afirmou Hankins.
O cônsul fez um paralelo entre a situação dos brasileiros e dos norte americanos que precisa ser mudada. “Assim como os brasileiros querem conhecer sempre Miami e Nova York, os americanos vêm para o Rio e São Paulo. É preciso mostrar que há outros lugares para visitar e investir em ambos os países, por isso, gosto de conhecer o interior também”, apontou.
O vice-presidente da Acib, Avelino Lombardi, destacou que Blumenau tem interesse nas relações com os Estados Unidos. Falou do polo tecnológico da cidade e lembrou que há empresas daqui que prestam serviços para os EUA, como a T-Systems.
O diretor para assuntos tecnológicos da Acib, Markus Blumenschein, pediu que empresas norte americanas de tecnologia invistam na região de Blumenau. Segundo ele, os salários são competitivos, a mão de obra é de qualidade, e a região tem muitas oportunidades. Já Sueli Buhatem, representando o Núcleo de Agências de Viagens da Acib, pediu flexibilidade e agilidade nos trâmites de emissão de vistos para os brasileiros ingressarem nos EUA.
Sobre alguns números da região, o presidente do Conselho Deliberativo da Acib e vice-presidente regional da Fiesc (Federação das Indústrias de Santa Catarina), Ronaldo Baumgarten Jr, lembrou que o Vale do Itajaí representa de 25 a 30% dos PIB catarinense. “Nossa economia é bastante variada. Temos minifúndios, suinocultura, indústria de alta tecnologia, metal mecânico e têxtil, por exemplo”, argumentou Baumgarten Jr. Ele destacou também a versatilidade do catarinense em vencer os momentos, sejam bons ou ruins, com criatividade.
Sobre a forte economia local, o presidente do Sintex (Sindicato das Indústrias da Fiação, Tecelagem e Vestuário de Blumenau), Ulrich Kuhn, lembrou que o Vale do Itajaí é o segundo maior polo têxtil do Brasil.
Os dados apresentados durante a conversa impressionaram o cônsul. Ele lembrou que os brasileiros gastam muito nos Estados Unidos e que isso é muito importante. “Foi bom conhecer a região. Agora sabemos o que existe aqui e que podemos, futuramente, incluir na rota de investimentos”, disse Hankins.
Texto: Karin Bendheim |
