O Programa Paradesporto e Associação do Paradesporto de Blumenau (Apesblu), lançou na sexta-feira (6/08/21), uma nova modalidade Paralímpica: o vôlei sentado. O esporte é oferecido gratuitamente às pessoas que possuam algum tipo de amputação, deficiência física ou relacionada à locomoção.
Além do trabalho social de dar mais qualidade de vida para as pessoas, um dos objetivos do projeto é montar equipes completas dos naipes masculino e feminino para participações nos campeonatos oficiais organizados pela Confederação Brasileira de Voleibol para Deficientes (CBVD). Com isso, atuar na formação de paratletas com potencial de convocação para as seleções.
No paradesporto de Blumenau a modalidade começou a ser inserida aos poucos no final de 2019, mas em 2020 não foi possível dar prosseguimento ao projeto. “Por causa da pandemia não conseguimos ter a participação e fazer a captação dos paratletas. Felizmente recomeçamos agora e queremos ampliar o projeto para mais pessoas neste esporte maravilhoso”, diz a diretora de Desenvolvimento do Paradesporto de Blumenau, Giselle Margot Chirolli.
O Brasil é um celeiro de paratletas na modalidade. Atualmente o time masculino é o segundo colocado do ranking da World Paravolley. No feminino, figura como a terceira melhor equipe do mundo. Nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, as duas seleções despontam como favoritas a subir no pódio.
Vôlei sentado
O vôlei sentado surgiu em 1956, da junção do vôlei convencional com um esporte alemão praticado por pessoas com pouca mobilidade, mas sem rede, chamado sitzbal. A modalidade estreou nos Jogos Paralímpicos na sexta edição do evento, disputada em 1980, em Arnhem, na Holanda.
No Brasil, a modalidade é comandada pela Confederação Brasileira de Voleibol para Deficientes (CBVD). Atualmente existem duas etapas oficiais do Campeonato Brasileiro. No naipe masculino há a série A e B. No naipe feminino somente a série A.
No vôlei sentado podem competir homens e mulheres, divididos em duas classificações funcionais VS1 (deficiência severa), que apresentam deficiências relacionadas à locomoção mais acentuadas, por exemplo, pernas ou braços amputados e VS2 (deficiência leve), com deficiências quase imperceptíveis, como pequenas amputações dos membros.
Como participar
A equipe de Blumenau já conta com 11 paratletas, sendo seis no masculino e cinco no feminino. Os treinos são feitos às sextas-feiras, das 18h30 às 20h30 e aos sábados das 8h às 10h, na quadra de esportes da Escola Básica Municipal Francisco Lanser.
As aulas são gratuitas e os interessados, que tenham acima dos 8 anos de idade, poderão entrar em contato pelo telefone 3381-7035 ou pelas redes sócias da Apesblu. Além disso, poderá ir ate o local de treinamento e falar com o professor responsável pela equipe.
Paradesporto de Blumenau
O Programa do Paradesporto Blumenau iniciou em 2011, com 17 participantes e tendo como objetivo promover a inclusão, melhorias das capacidades motoras das pessoas com deficiência, aproximando crianças, adolescentes e adultos para o convívio com o esporte e suas possibilidades.
Atualmente o programa conta com mais de 500 paratletas e 44 polos com aproximadamente 750 atendimentos semanais e tem o apoio do Comitê Paralímpico Brasileiro e de diversos parceiros da iniciativa privada. Com a inclusão do vôlei sentado, contamos agora com 13 modalidades à disposição.
Fonte: AlertaBlu