Em toda Santa Catarina há manifestações contrárias da Polícia Civil contra a reforma da previdência anunciada pelo Governo do Estado. Desde quinta-feira (24/06/21), as delegacias não estão fazendo operações externas como diligências, fiscalizações de jogos ou diversões, de Covid-19, entre outras. Também não estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão, ou de prisão.
Um ato simbólico foi realizado nesta quinta-feira (25/06/21) na Central de Polícia Civil (CPP), localizada no bairro Garcia. Policiais civis de diversas unidades de Blumenau deixaram seus coletes balísticos e algemas sobre o gramado na frente da unidade.
Segundo Vivian Garcia Selig, Presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de Santa Catarina (ADEPOL-SC), o movimento “Segurança em Alerta” pretende sensibilizar o executivo estadual, quanto à discussão da reforma da previdência estadual, antes mesmo que as discussões parem no legislativo.
O movimento teve a adesão de policiais civis de diversas carreiras, como do instituto geral de perícias e da polícia penal. A ADEPOL-SC esclarece que a segurança pública civil não busca qualquer tipo de privilégio ou benefício, somente, uma simetria mínima às regras federais, da mesma maneira em que aos diversos estados da federação que já definiram a previdência de seus policiais civis.
São regras de transição razoáveis, pensão por morte digna, idade mínima, dentre outras peculiaridades à atividade policial. A entidade lembra que a Segurança Pública Civil já paga a alíquota do funcionalismo estadual de 14%; é superavitária (ou seja, paga seus inativos) e não é a causadora do déficit da previdência.