Em um grupo da imprensa no WhatsApp, acompanhamos há mais de dois meses a batalha do jornalista Vilmar Minozzo contra a Covid-19. Seu irmão Leomir, relatava diariamente através de um áudio o resultado de suas visitas, e por inúmeras vezes, pediu que rezássemos por ele. A melhora veio aos poucos. O jornalista Rodrigo Vieira (NDTV) é quem recebia os áudios e compartilhava no grupo.
Comemoramos de longe ao saber que o sedativo não seria mais administrado para que ele acordasse. Foi assim também na primeira vez que respondeu apenas com o movimento dos olhos, depois de ficar por um longo período inconsciente. E que alegria quando soubemos que já estava tendo mais autonomia no pulmão, após ficar algumas horas sem o respirador.
Nessa semana o som da voz finalmente saiu após o orifício da traqueostomia (TQT) ser coberto por um breve momento. Nesse tipo de procedimento cirúrgico é feita uma abertura da parede anterior da traqueia, para a colocação do respirador mecânico.
Sim, foi na quinta-feira (10/06/21) que o homem conhecido pela sua voz na rádio CBN, finalmente emitiu as primeiras palavras. A tarde desta sexta-feira (11) foi ainda mais especial, porque após passar mais de 80 dias internado na UTI por causa da Covid-19, ele finalmente recebeu a boa notícia de que seria transferido para o quarto de enfermaria.
Houve festa para esse momento de vitória, com direito a balões, um corredor de profissionais de saúde que até cantaram o hino do time do coração. Que momento especial para o Minozzo, também conhecido pelo apelido de Tigre.
Natural de Nova Prata (RS), Vilmar tem 54 anos e foi diagnosticado com a doença no início de março. No dia 20 do mesmo mês, o quadro de saúde se agravou e ele precisou ser internado no hospital. Um dia depois ele foi levado para a UTI e intubado.
Mas tudo isso ficou no passado. Aguardamos com ansiedade ele voltar a fazer o que tanto gosta, seja na TV Legislativa ou na Rádio CBN. Parabéns a todos os profissionais de saúde, que através do seu trabalho, fizeram com que a vitória sobre a doença se repetisse centenas de vezes nos pacientes atendidos em Blumenau.