No dia 31 de maio é celebrado o Dia Mundial sem Tabaco. E para ressaltar a importância do tema, médico explica que fumantes possuem um fator de risco maior para contágio e complicações do Coronavírus.
O cigarro está ligado à causa de mais de 50 doenças diferentes, principalmente, problemas ligados ao coração e circulação, cânceres de vários tipos e problemas respiratórios. Em tempos de Coronavírus, o hábito se torna ainda mais perigoso, conforme aponta o médico pneumologista e diretor técnico do Hospital Dia do Pulmão, centro de referência na área respiratória de Blumenau, Santa Catarina, Dr. Mauro Sérgio Kreibich. “O tabagismo é um fator de risco maior para contágio e complicações da Covid-19”, diz.
O médico alerta que o tabagismo não só é perigoso para quem fuma, como também é um fator de alerta para a própria transmissão e contágio da doença. “Quando o fumante solta a fumaça no ar ou compartilha o cigarro com outras pessoas, ele pode tanto transmitir como ser contaminado com o vírus”, explica Dr. Kreibich.
A dependência do consumo de nicotina afeta o sistema imunológico o que prejudica o mecanismo de resposta à infecções, tornando os fumantes e até ex-fumantes mais suscetíveis a serem contaminados e apresentarem a forma mais grave e complicações da doença, alerta o pneumologista.
“A cada tragada de um cigarro, a pessoa inspira mais de 4.700 substâncias prejudiciais à saúde pulmonar, como nicotina, alcatrão, monóxido de carbono, entre elas, substâncias comprovadamente cancerígenas. Além de ser mais perigoso em tempos de Coronavírus, os problemas causados pelo tabagismo são inúmeros, entre as doenças em decorrência do fumo, podemos citar a, bronquite, enfisema pulmonar, trombose, doença coronariana e até mesmo infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral e câncer, principalmente do aparelho respiratório.”
Por fim, o médico ressalta que para conseguir abandonar o vício, é preciso abordá-lo do ponto de vista comportamental e eventualmente farmacológico. “O tabagismo é uma doença epidêmica que causa a dependência física, levando a dificuldade de parar de fumar. Mas, por meio da ajuda médica e tratamentos, oferecido tanto nas redes públicas e privadas de saúde, é possível sim, largar o vício”, finaliza.