Comerciantes ficam de joelhos e rezam o “Pai Nosso” durante manifestação em Rio do Sul

Foto: Clóvis Eduardo Cuco [PM/RS]

 

 

 

Foto: Clóvis Eduardo Cuco [PM/RS]

Por volta das 13h desta terça-feira (7/04/20), vários comerciantes fizeram protestos em Rio do Sul (SC), no Alto Vale do Itajaí. Eles pedem a reabertura do comércio que está fechado desde o dia 19 de março, data da publicação do Decreto Estadual 515, que determina o isolamento social e limita o funcionamento de algumas atividades essenciais, serviços bancários, lotéricas, setor da construção civil, e profissionais autônomos. A medida visa evitar a propagação do Covid-19.

O prejuízo ainda está sendo calculado pelo setor, mas as perdas no faturamento para manter o equilíbrio financeiro, o acúmulo das dívidas e a manutenção dos empregos está entre as maiores preocupações. São desde aluguéis, impostos, mercadorias que vieram e precisam ser pagas, e principalmente o pagamento dos funcionários.

 

 

A manifestação pode ser vista em dois pontos: na BR-470 em frente à Havan, e na frente da Prefeitura de Rio do Sul, na Avenida 7 de Setembro. Neste último local, com a presença da Polícia Militar, o movimento acabou sendo dispersado por caracterizar aglomeração de pessoas. Mas antes da saída, as pessoas foram incentivados por uma das manifestantes a ficar de joelhos e rezar a oração do Pai Nosso. O fato aconteceu na frente dos policiais.

Por meio da assessoria de imprensa, o prefeito José Thomé manifesta que entende perfeitamente a reivindicação dos comerciantes que pedem a reconsideração quanto ao fechamento dos estabelecimentos neste período em que o estado elabora estratégias de combate ao coronavírus. Para ele, não é justificável que os estabelecimentos estejam fechados já que, no momento, não há casos confirmados na região.

“Os comerciantes poderiam seguir normas de redução de aglomerações e de higiene. O Estado pode impor regras severas e específicas, usando o seu poder de fiscalização. Mas não entendemos que o fechamento total seja a solução. Estamos muito preocupados com centenas e até mesmo milhares de empregos que já estão sendo extintos”, explica o prefeito.

No entanto, o prefeito respeita todo o protocolo do Estado e da Polícia Militar e recomenda que a ordem seja seguida fielmente, mas que todos tem direito de fazerem sua manifestação.