O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) condenou na Comarca de Brusque, 23 integrantes de uma organização criminosa que atua em todo o Estado. Os réus foram investigados pela “Operação Realeza”, deflagrada em conjunto pelo Ministério Público, pela Polícia Civil e pela Polícia Militar. Entre os condenados estão uma líder estadual da facção e dez lideranças locais.
De acordo com a denúncia apresentada pela Promotora de Justiça Susana Perin Carnaúba, titular da 4ª Promotoria de Justiça de Brusque, os réus dominaram o braço local da facção criminosa a partir de 2017, quando os então líderes foram presos em outra operação, o que abriu espaço para os novos personagens.
A continuidade das investigações policiais permitiu individualizar a conduta de 25 pessoas que passaram a comandar a facção em Brusque, estabelecendo o papel de cada um deles na organização. A principal liderança identificada foi Carolina de Lazzari Moraes e Silva, que exercia o comando estadual da ala feminina do grupo criminoso.
A ação do Ministério Público foi julgada parcialmente procedente, condenando à prisão em regime inicial fechado, pelo crime de organização criminosa, 23 dos 25 réus. Parte dos envolvidos, incluindo os dois absolvidos, foi denunciada também por tráfico de drogas e associação para o tráfico, mas o Juízo da vara Criminal de Brusque julgou a ação improcedente em relação a estes crimes.
Dos 23 condenados, 22 estão presos preventivamente desde a Operação Realeza e não terão o direito de recorrer em liberdade. A Promotora de Justiça informa que irá recorrer da decisão que absolveu os réus dos crimes relacionados ao tráfico de drogas, assim como solicitar a revisão das penas, que considera insuficientes. (Ação penal nº 0004552-05.2018.8.24.0011)
Veja abaixo a pena de cada um dos réus
Liderança estadual:
- Carolina de Lazzari Moraes e Silva – 6 anos de reclusão
Lideranças em Brusque
- Jucivani dos Santos – 5 anos e 4 meses de reclusão
- Cláudia de Almeida – 6 anos e 8 meses de reclusão
- Tom Jobim de Syllos – 7 anos e 4 meses de reclusão
- Márcio de Lima Gomes – 6 anos e 8 meses de reclusão
- Jonathan Ricardo da Silva – 6 anos de reclusão
- Fábio Ricardo da Silva – 7 anos e 4 meses de reclusão
- Daniel de França Pires – 5 anos e 4 meses de reclusão
Liderança em Itapema
- Eberti Cordeiro Godoy – 7 anos e 4 meses de reclusão
Liderança em Unidade Prisional
- Breno Wallace Borges Campos (Blumenau) – 7 anos e 4 meses de reclusão
- Rafael Aprígio de Oliveira (Itapema) – 7 anos e 4 meses de reclusão
Integrantes de menor expressão
- Júlio César dos Santos – 5 anos e 4 meses de reclusão
- Paulo Roberto Carneiro – 5 anos e 4 meses de reclusão
- Vladimir Ribeiro dos Santos – 6 anos e 8 meses de reclusão
- José Carlos Gonçalves Rodrigues – 6 anos e 8 meses de reclusão
- Igor Tafarel Vermöhlen – 4 anos e 8 meses de reclusão
- Andréia do Amaral – 5 anos e 4 meses de reclusão
- Rodrigo Pauluk – 5 anos e 4 meses de reclusão
- Edson Galvão Reis – 5 anos e 4 meses de reclusão
- Gerusa Nogueira – 5 anos e 4 meses de reclusão
- Lair do Amaral – 6 anos e 8 meses de reclusão
- Marcos Menger – 6 anos e 8 meses de reclusão
- Agnes Thayná Chaves – 4 anos e 8 meses de reclusão
Fonte: Ministério Público de SC