Pós-graduação em Química da Furb realiza seminário sobre plantas medicinais

Adrielle-Tenfen
Adrielle Tenfen, graduada em Farmácia pela FURB em 2012, com ingresso no Curso de Mestrado em Química (FURB) em março/2013. Bolsista Demanda Social/CAPES.

O Programa de Pós-graduação em Química da FURB promove nesta sexta-feira (29-08), às 10h15min, na sala S 307 do Campus I, o seminário intitulado Analíse fitoquímica e avaliação da atividade biológica de Eugenia platysema. O seminário será apresentado pela pesquisadora Adrielli Tenfen.

A utilização de plantas como fonte medicinal é muito antiga sendo atualmente estimado que pelo menos 25% dos medicamentos modernos provém direta ou indiretamente de fontes naturais. A família botânica Myrtaceae possui distribuição predominantemente pantropical e subtropical com concentração na América do Sul, Sudeste da Ásia e Austrália, e nesta estão incluídos cerca de 130 gêneros e 3000 espécies.

A constituição química do gênero destaca-se pela presença de taninos, flavonoides, ácidos fenólicos como o ácido elágico e triterpenos como o ácido ursólico, além de sesquiterpenos e saponinas. A espécie Eugenia platysema O. Berg, foco deste estudo, é uma espécie nativa conhecida popularmente como “grumixama”. Segundo a OMS, a depressão afeta aproximadamente 21% da população mundial e apesar da quantidade de fármacos disponíveis atualmente, o tratamento desta patologia ainda é deficiente. Na busca por novas moléculas com potencial para o tratamento de doenças neurológicas, as pesquisas com plantas medicinais vêm progredindo constantemente.

Em ensaios realizados com o extrato hidroalcoólico da espécie Eugenia brasiliensis e do óleo essencial das folhas de Eugenia uniflora foi observada atividade antidepressiva interessante. O objetivo do trabalho, portanto, é avaliar o perfil fitoquímico da espécie Eugenia platysema e a potencial atividade antidepressiva do extrato bruto, frações e compostos isolados, no modelo de suspensão pela cauda em camundongos. Além disso, serão realizados de atividade biológica in vitro, para avaliar o potencial antibacteriano do extrato bruto e frações, através de testes de determinação da concentração inibitória mínima (CIM) frente a bactérias com e sem parede celular (molicutes) e o potencial inibidor in vitro da enzima acetil-colinesterase. O óleo essencial da espécie também será analisado para verificação da sua composição química e sua atividade antibacteriana.

via FURB | Texto: Aristheu Formiga | Foto: Divulgação