Por Nathália Heidorn
No dia 29 de setembro, comemora-se o Dia Mundial do Coração, uma iniciativa da Federação Mundial do Coração, em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, (Unesco) e Organização Mundial da Saúde (OMS). Para reforçar a data, neste mês foi lançada a campanha “Setembro do Coração”, pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e a Associação Médica Brasileira (AMB), a ação tem como objetivo marcar a luta contra as doenças cardiovasculares.
De acordo com o cardiologista e Diretor Presidente da Unimed Blumenau, Alexandre José Ferreira, “as doenças cardiovasculares são a principal causa de mortes no Brasil, responsáveis por mais de 30% do total de óbitos registrados”.
De acordo com a projeção da SBC, até o final do ano, o Brasil deve registrar aproximadamente 390.000 mortes por doenças cardiovasculares. Em 2017, de acordo com a entidade, foram registrados no país 383.961 óbitos por doenças cardiovasculares e, em 2016, 362.091. O cardiologista destaca que, “é um número muito alto. Precisa-se investir ainda mais em prevenção e combate aos fatores de risco para o órgão. Para os pacientes com problemas no coração, por exemplo, precisa-se ir ao médico com regularidade”.
Conforme explica Ferreira, as doenças mais frequentes de coração são: hipertensão arterial sistêmica, angina do peito, infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, arritmias e cardiopatias congênitas. Os sintomas mais frequentes das doenças são: hipertensão: cefaléia, tontura, acidente vascular cerebral (AVC); arritmia: palpitação; angina do peito: dor no peito; infarto: forte dor no peito; Insuficiência cardíaca: falta de ar e fraqueza; cardiopatias congênitas: falta de ar e cianose.
“A prevenção é o principal meio para combater as doenças cardiovasculares. As principais precauções são: realizar caminhadas diariamente, evitar alimentos gordurosos e com excesso de sal e fazer exames periodicamente, seguindo orientação do médico assistente”, finaliza o cardiologista e Diretor Presidente da Unimed Blumenau.
Mitos X Verdades das doenças cardiovasculares
O cardiologista e Diretor Presidente da Unimed Blumenau, Alexandre José Ferreira, explica sobre os mitos e verdades relacionados às doenças cardiovasculares:
Somente obesos têm problemas cardíacos: A obesidade é um dos fatores que aceleram o processo de aterosclerose coronária (acumulo de gordura), podendo aumentar a chance do indivíduo em desenvolver hipertensão arterial e doenças cardíacas, mas pessoas magras também podem ser afetadas, principalmente se tiverem fatores de risco.
Doenças cardíacas são problemas apenas dos idosos: Em fator da idade, a incidência é maior, mas várias pesquisas contabilizam que um terço dos infartos acontece em pessoas com menos de 65 anos de idade.
Atletas estão livres de doenças cardíacas: Não, mas por praticarem esportes diariamente reduz a probabilidade de acúmulos de gorduras e o índice de colesterol alto. A possibilidade de desenvolver doenças cardíacas é menor nas pessoas que levam uma vida saudável, com atividade física e uma boa alimentação. Mas isso não impede que possam ter problemas cardíacos se a causa for de origem genética ou tiverem fatores de risco (fumo, hipertensão arterial, diabetes mellitus, dislipidemia, estresse, síndrome metabólica, sedentarismo).